31.12.04

feliz 2005 pessoal! muitas mulheres, dinheiro, saúde, sexo, drogas e, principalmente, roque en roul!

25.12.04

"...the evening is my day..."

mellotrons é fera!

18.11.04

como de praxe, um pouco de comercial da minha banda.

lírio branco no festival de primavera na puc-rj!
+ 24/11
+ 13:00h
+ no ginásio
+ for free!

levem a grana das cervejas! espero todos lá.

abraços.

12.11.04

fazia bastante calor quando entrei na galeria vip para comprar meu ingresso para o show do nada surf - o vento gelado do ar condicionado do local acalmou um pouco minha excitação e fez-me pensar melhor. "que tal uma passadinha na musicale antes?"

e para a loja fui. dentro estava abafado e com um cheiro de detergente forte, daqueles feitos para exterminar qualquer vestígio de bactéria mas não necessariamente funcionando. caso não saibam, musicale é uma loja que vende discos e cd's usados, geralmente em boas condições e por um preço razoável. mas mal sabia eu que a loja me faria descobrir, nesse dia, uma das bandas mais importantes do cenário indie norte americano, o consonant.

ao dar uma passada pelos cd's, encontro na letra C um com uma capa muito interessante - um design realmente bacana - e a banda com um nome muito sugestivo. "consonant, é? deve ser banda indie."

levei o compacto ao player e mandei ver o som. a primeira música logo me impressionou, com guitarras pesadas, vocal introspectivo - mas seguro - e uma bateria concentrada apenas nos pratos e no bumbo. a caixa é tocada apenas umas três ou quatro vezes na música inteira. me impressionou de imediato. comprei o disco.

ao chegar em casa, fui cavar mais detalhes dessa tal consonant e descobri que a banda foi produzida por um dos integrantes do ótimo shellac e que o principal compositor, guitarrista e vocalista da banda havia feito parte da ótima mission of burma - estava parado havia anos, alegando "artistic block". compreensível. mesmo porque ele voltou com gás total e consoantes também.

muitas coisas boas saem dessa ceninha indie de massachussets eim?

2.11.04

cara.

como slint consegue ser tão bom? estou escutando o spiderland provavelmente provavelmente pela milésima vez e é um disco sempre surpreendente e inovador - tendo sido gravado a mais de dez anos! possivelmente é um daqueles discos que muitos chamam "atemporais".

não só o slint era uma puta banda de estúdio, com seus tempos fragmentados, suas mudanças subtas de volume, sua voz soturna - muitas vezes nada mais que um sussurro -, como também era sensacional ao vivo. comprovei isso quando baixei um bootleg deles - tocando em chicago em 89.

o show tem versões interessantes de "nosferatu man", "breadcrumb trail" e "good morning captain" - sendo que essas duas ultimas estão sem o vocal, e "nosferatu..." está com a voz completamente diferente. o concerto tem também uma música inédita (desconfio que minha versão esteja com problemas, visto que no meio da música entram uns barulhos completamente desconexos) e músicas do primeiro disco da banda, tweez.

mais interessante é escutar the for carnation após a dose incessante de slint e ver que brian mcmahan continua o mesmo - apenas mais velho, mais maduro.

e mais quieto.

23.10.04

sabe aquela historia sobre não mais escrever sobre mim nesse blog? então. menti. vou colocar apenas mais um post. só mais um. esse merece. também está no meu outro blog.

já ficou online o tanto que devia.

um surto de raiva.

22.10.04

e o tim festival, eim?

+ pj hrvy, brn wlsn, grnd, lbrtns e th mrs vlt são as atrações que mais quero ver.

e tenho ingresso para todas. uhul.

que feliz.

18.10.04

CARALHO. desisto do meu computador.
- maquina escrota.

19.9.04

sabem? eu quero voltar mesmo com a lp. não que seja um som mais fácil de tocar. não que seja mais difícil whatsoever. não que seja exatamente o som que quero fazer. não que se afaste totalmente do som que quero fazer. mas é que sinto muita falta de tocar aqueles indie rocks que tocava quando nem sabia o que era isso. e também, falta de tocar com o luiz, meu parceirão de longa data. quando a gente vai poder se unir e voltar a fazer aquelas músicas de revolta adolescente? haha. saudades.

ah. e uma coisa. cansei de falar de meus problemas nesse blog. vou falar só de música agora. e também, das minhas bandas, porque algo narcisista eu preciso manter. apenas pelo hábito.

16.9.04

terça feira, logo após o show do GRAM (que foi magnífico, por sinal), dei uma olhada na banquinha de cds e acabei por comprar o lp debutante do valv, por 15 reais. o disco foi lançado pela midsummer madness, do lariú - caso não saibam quem é, dêem uma checada no blog da maldita - volta e meia ele discoteca lá. a banda conta, neste álbum, com a participação especial de fernanda takai, do pato fu, na música que dá título ao disco - the sense of movement - além de john, também do pato fu, na produção da mesma música.

o valv é uma banda de bh que faz um som influenciado por bandas como sonic youth, kent e swerdriver, formada em 2000.

the sense of movement pega onde o ammonite (primeiro lançamento da banda, um ep) parou e apresenta sonoridades mais coesas e, embora possa parecer um disco difícil numa primeira escuta, existe escondido por trás um forte apelo pop que é apresentado após algumas ouvidas. o valv abusa de distorções bem altas e também de alguns clichês do post rock e do indie rock, mas sai do comum ao esbarrar no shoegaze. a pressão da banda é percebida principalmente na música de número 7, between the knees, uma porrada do início ao fim. a participação de fernanda takai em nada acrescenta ao disco. talvez, se ela cantasse uma música inteira sozinha...

como uma das melhores bandas do "cenário indie nacional" (pfffffffffff), é uma boa compra, pois dá para sentir o cheiro de algo muito maior vindo do valv num futuro próximo.

13.9.04

meu computador não serve mais para nada mesmo.

8.9.04

é engraçado, e ao mesmo tempo muito triste, olhar meu computador do jeito que está: zerado. formatei o drive C. estou sem nenhuma mp3, sem nenhum jogo... enfim, meu computador parece que chegou da loja agora, com aqueles errinhos iniciais de instalação de drivers até. a única coisa que anda me provando o contrário é meu mouse, que está bem surrado e mal anda para a esquerda e os ligeiros crashes, que ainda me deixam fulo da vida.

eu consegui salvar apenas o ragnarok online (há! o vício eu não abandono) da destruição total. sei que sentirei muita falta de escutar meus discos favoritos, mas dou graças por ter salvo alguns em cds.

estou sem saber muito bem como reagir a esta mudança, visto que é a primeira vez que zero meu computador. estou até sem icq! tudo que fiz foi catar as atualizações do windowns, o mozilla e o slsk. perdi com meu hd antigo e-mails importantes para mim, coisas que nunca mais verei.

será que meu computador resolveu apagar meu ano passado? posso estar ficando maluco, mas realmente acredito que essas maquinas tem vontade própria. volta e meia me pego chingando e praguejando meu pc quando ele começa a reclamar de conflitos internos. ha!

já chega desse papo. como foi o feriado de vocês? bom? amanhã é volta as aulas.

5.9.04

estou um pouco sumido. não apenas deste blog - várias pessoas andaram reclamando que "sumi". algumas até alegaram que talvez eu tivesse descoberto algum jogo novo de playstation e outras pensaram que eu estivesse doente. talvez, "doença" é a palavra que mais se aproxime de minha ausência.

é fato que estou recluso. ando sem vontade, muitas vezes, de conversar. parece que estou passando por mais um de meus momentos de mudança. eu já discorri muito sobre isso aqui. e gosto de mudar. é necessário. como fazer um ok computer e um kid a e continuar sendo a mesma coisa.

outra coisa também é que, relendo meu textos, percebo que muitos deles nem deveriam ter sido escritos. minha impetuosidade está me custando caro para comigo mesmo. alguma coisa perfeccionista está me cobrando deleta-los. mas me pergunto mesmo se devo fazê-lo, já que eles representam algo que fui (ou que ainda sou? - talvez até mesmo este post não devesse existir).

talvez eu tenha medo de apagar meus escritos. contam tantas coisas, lembram-me tantos eventos. uma agenda de lembranças, do passado. como se eu quisesse ver o que teve para fazer dia tal, se quisesse relembrar de uma possível tristeza, se quisesse rever os mesmos problemas de sempre.

ando achando-me simplório. talvez seja uma fase, talvez eu tenha sempre sido assim. antigamente, o tênis, a calça e a camiseta não serviam. precisava de algo mais. me contento, agora (e que se frise esse agora), com o novo tênis que comprei e com uma camiseta do meu irmão.

isso significa algo?

é possível que eu esteja me cansando um pouco de tentar parecer tanto para as pessoas, mas isso significaria que estou andando em círculos e voltando a ser quem eu era quando fui à pelotas.

não, não, não, hopefully not.

hopefully not. hmmmmm.




1.9.04

heh... o que vocês acham da idéia de ter felipe fortes trabalhando no orkut?
caralho. hoje, um dia que parecia promissor, acabou se tornando uma grande merda. estou muito puto comigo mesmo e com outras coisas também. que merda de vida escrota. a gente realmente precisa viver com insatisfações mesmo.

que cocô...

30.8.04

é deveras necessário separar o autor do que está escrito. depois que um texto toma forma - que o escritor o termina - ele não é mais de quem o escreveu, e sim, das pessoas que o lêem. não existe, portanto, uma visão unilateral de um texto, porque as pessoas têm opiniões e vivências diferentes sobre um mesmo escrito. logo, dizer que gostar de textos de pessoas de quem você não gosta é plenamente plausível e compreensível. da mesma maneira que muitas pessoas quando lêem felicidade interpretam como "alegria douradoura", enquanto eu interpreto como "orgasmo".

não queiram entender o "porque" desse post, ou porque ele está tão mal escrito. eu não ando me entendendo ultimamente, então eu prefiro ficar sem entender por uns tempos. também não ando conseguindo fazer nada e minha vida está estagnada. de fato, criou-se uma estabilidade e é bom segurar-me um pouco nela, mas ela precisa ser quebrada pois é falsa.

as coisas não poderiam estar mais ociosas. nada acontece. apenas a velha rotina e alguma diversão e algumas esperanças e alguma tristeza e alguns orgasmos e algumas músicas e a falta de inspiração e a falta ou não de sono. entre outras coisas/estados/fatores/sentimentos/etc que não estou me recordando agora.

fazer o que? meus textos são para ninguém. e ninguém realmente gosta da minha banda. porque eu tenho uma banda só.

bah. puta brainstorm.

26.8.04

duas coisas:

- quando voltei da faculdade, estava um pouco cansado e acabei adormecendo. nisso, tive um sonho muito fera, que gostaria de compartilhar com vocês. mas daria um trabalho muito grande escrever tudo, então, o que fica aqui é apenas a menção à esse sonho. e quem sabe, as lembranças que a festa surreal, as galera cantando no ônibus e o ápice se tornem realidade.

- voltei a jogar final fantasy tactics. não adianta. nunca vão fazer jogo melhor que esse. eu estava lá, entretido com o (ótimo) ragnarok online, jogando todo dia, até que botei o fft para rodar e o ro foi para o lixo. viva a square que faz esses jogos lindos. :~

até.

24.8.04

funny.

a lírio branco (fotolog.net/liriobranco) acabou de fazer uma participaçãozinha especial num show de bandas da arte música (uma escola de música aqui da barra). tocamos desfalcados de baterista e de guitarra mas foi engraçado e divertido. estava precisando de um incentivo desses.

o set-list:
1 - meia cinza
2 - chorar
3 - nova
4 - sun

é isso, gente. até a próxima.

20.8.04

bem, hoje foi um dia estranho. mas ao menos eu tive uma notícia boa: meu sexto sentido está funcionando a todo o vapor. eu deveria acreditar mais em meus instintos. bem. nem tanto. eu acreditei que gostaria, mas aparentemente fiz mal.

sry. do i really make you half of you?

18.8.04

é um pouco torturante ser lembrado todo dia de uma comemoração que você não poderá ir, embora queira muito e a presença de seus amigos seja garantida. ver em todos os lugares que tal festa existe, mas não para você. como se o mundo se fechasse num casulo florido, onde todas as cores do arco íris brilhassem dentro dele, e você ficasse do lado de fora, usando suas roupas aparentemente sem graça, seu cabelo aparentemente despenteado, sua barba aparentemente mal-feita e sua estima aparentemente baixa.

então você para e fica a olhar para o chão, como se contemplar os pés fosse mais importante do que as estrelas, e o passado volta correndo e te dá um tapinha nas costas. "e aí? sentiu minha falta?". você olha-o, sorri amarelo, mas não quer responder. porque você sabe que o passado é negro e os pensamentos são pesados, como aquela música que você compos muito tempo atrás com esse nome. ou de algo parecido com isso, tanto faz.

você começa a analizar a situação de sua vida atual e percebe que ela está uma bagunça. okay. nem tão bagunçada como já esteve. seu coração está mais calmo devido a uma estabilidade solitária na imensidão de razões de um ulisses. mas, ao mesmo tempo, se divide na decisão de continuar em frente, mesmo porque o caminho que foi escrito é tão ruim - se não pior - que o anterior.

e você volta a ouvir o tunts-tunts-tunts daquela celebração que você não poderá ir. e que talvez aquilo pudesse lhe ajudar um pouco e isso lhe confunde ainda mais. daí você pega seu instrumento, seja ele qual for, e toca uma música. se segue que lembras de seus trabalhos musicais e como existem diversas reclamações veladas dentro de si para consigo mesmo e outras que não pode revelar.

e o que vem a tona são, ainda, algumas certezas sobre a sua vida, sobre o patamar pré-estabelecido de colunas de concreto que as pessoas insistem em tentar quebrar.

"bah". você é simples. isso não vai acontecer.

13.8.04

honestamente: quanto vale uma amizade?
meu irmão é um fofo. ele acabou de chegar de viagem e, além de trazer o disco que eu havia pedido a ele (o Lifted or the story is in the soil, keep your ear to the ground do Bright Eyes), ainda trouxe outro presentinho: um par de headphones bem bacanas, com uma definição sonora ótima! estou usando-os neste exato momento, escutando bem alto cat power.

meu irmão esteve em londres por agora. ainda aproveitou para dar uma passadinha no país de gales e na espanha, no final da viagem. mas ele disse que o mais curtiu mesmo foi a capital inglesa.

eu fico dizendo que não, mas eu senti muitas saudades dele sim. meu irmão é uma das pessoas mais importantes na minha vida e eu dou graças a deus por ter um cara tão amigo, tão carinhoso, tão inteligente e tão maduro como irmão.

esse post é pra você, maninho: welcome back. :*

10.8.04

ontem, eu fiquei muito nervoso. e talvez, algo na minha vida esteja prestes a acontecer. é como eu estava falando para uma grande amiga, algum dia desses:

- os meses de agosto, setembro e outubro sempre me apresentam coisas novas. não sei se é o clima friozinho, se foram as mudanças que passei no início do ano ou se, simplesmente, são acasos do destino. o fato é que minha vida sempre acontece em agosto, setembro e outubro.

não quero falar mais que isso, porque sei que pode não acontecer. mas não custa ter um pouquinho de esperança, né?

9.8.04

daqui a pouco estou indo novamente para a puc. para as aulas de desenho industrial que já não me agradam nem um pouco. mas é algo que preciso terminar. preciso ganhar dinheiro, preciso arrumar um emprego, preciso adquirir minha independência financeira.

eu tenho vários problemas e acredito um deles ser o fato que não consigo fazer absolutamente nada se não estou estruturado (ou bem; não é necessariamente a mesma coisa) psicologicamente. ou seja, assuntos do coração. simples assim.

minha cabeça é simples mas meu coração não é. ele desvia dos caminhos óbvios, se complica todo, ajeita as coisas de maneira confusa e desenfreada e corre como nunca sempre. como todo coração de uma pessoa sadia, acredito. mas eu gostaria de dar menos ênfase a meus sentimentos.

eu só me atrapalho por causa deles. quando estou mal não consigo fazer nada, fico deprimido, cabisbaixo, de mal com o mundo, parecendo uma criança que não conseguiu o brinquedo que queria. embora eu esteja tentando mudar isso, forçando-me a cumprir meus compromissos, sejam eles banda, faculdade, trabalho ou cursos. mas, no fundo, não quero fazer nada.

quero é ficar bebendo o dia inteiro, afogando as mágoas em algum bar com algum doido cantando uma música brega alta, quietamente ouvindo uma música no disc man do meu irmão.

e querendo muito chorar mas se contendo.

6.8.04

sempre que leio seus textos fico abalado. não sei exatamente o porque, afinal já se passou bastante tempo desde que desaventuramos nossos corações com nossas brincadeiras de decepção. ainda sinto alguma coisa estranha entrando dentro de mim, como se palavras quase não fossem suficientes para explicar, como a sensação de sentir o cheiro de sua flor favorita, como tremer-se ao escutar sua música favorita.

você me surpreende sempre, cada vez mais, com a qualidade e beleza do que escreve, embora eu consiga vê-la toda ali. as características claras de estramonium, desde a maneira como pensas até seus atos, seu medo extremo para com as coisas.

as vezes eu me pergunto se não estou invadindo sua vida lendo o que publicas, mas é uma preocupação passageira. eu ando fechado para os outros, talvez como nunca estive antes. a convivência alheia está se tornando a cada dia mais insuportável e ao mesmo tempo cada vez mais necessária. engraçado, não? sou um cara de contradições e tão mutável quanto um camaleão.

minhas mudanças não são externas porém. e, acredite ou não, alguma coisa em mim mudou muito de quatro meses para cá. eu agora sou apenas uma parte de algo que ficou para trás dentre os sonhos com vermes. e isso me causa um pouco de medo, de receio, embora eu tente me acalmar com falsas promessas de que vou melhorar e de que a viagem que farei amanhã vai me fazer bem. quem disse, anyway?

eu ainda estou esperando a chan marshall que ainda acho ser você. inclusive, eu iria colocar outro nome ao invés de "chan marshall". era o seu que estaria ali.

as vezes eu me prendo a saudade, as vezes eu me prendo a pensamentos. mas não acredito que seja isso agora. eu finalmente consegui liberar alguns estigmas que estiveram aqui dentro de mim, como escutar uma música do apples in stereo. e essa liberação fez com que eu conseguisse enxergar o que vinha negando desde que as coisas tomaram o rumo que tomaram.

eu te amo muito e eu faria qualquer coisa por você.

talvez isso não deva estar aqui. e eu posso estar outdated. mas meu coração ainda é seu. cuide com carinho dele. e eu me orgulho de ser emocional, eu me orgulho de poder sentir. mas, no momento, tudo que quero é que você possa um dia voltar a sentir a faísca pequena que eu fiz surgir dentro de você.

o que há de errado em querer-te? talvez você não esteja acostumada a isso. talvez você realmente seja gay. talvez você esteja com alguém que lembra minha pessoa em diversos aspectos ou não.

tens um porto-seguro aqui.

2.8.04

apesar de tudo, ainda te amo.

29.7.04

Passei mais um dia com dor de garganta e gripe, em casa, jogando Ragnarok Online o tempo inteiro. É um joguinho viciante esse, mas cansa, pela falta de npcs competentes e de uma história elaborada como nos one-player rpgs.

Se bem que eu quero jogar Final Fantasy XI. Disseram-me que o jogo é um massive multi-player rpg com história densa e npcs cheios de quests interessantes. Quero só ver. Isso sem contar que FINAL FANTASY, porra.

Estou com saudades, porra...

28.7.04

vou dormir. bom dia.
como eu queria que respondessem quando falo, mesmo que aparentemente não existam sinais de que uma resposta é necessária. ainda está tudo guardado aqui: as lembranças, o sentimento, as fotos, as palavras, as músicas, o felipe. a gaveta onde estão guardadas as coisas está fechada. a única coisa que eu não consegui trancar na gaveta, teve que ficar no criado mudo. e ela ainda me atordoa todo dia na esperança de que um dia a resposta vai vir, esforço vão de uma mente atormentada.

a saudade me faz lembrar todo dia. todo dia.

27.7.04

Muse. Enfim, vou falar de Muse. Preparem-se, coloquem os sintos de segurança. Aliás, esse é um conselho que eu deveria dar a eu mesmo, já que eu sempre vou meio contra a onda. Se existe uma onda, é gostar de duas bandas, sendo elas Placebo e o já citado Muse. O Placebo nem merece menção no meu blog, é uma banda bem chatinha e em decadência. Já o Muse é bom. Mas não passa disso.

Existe algo que não me deixa gostar de Muse de maneira alguma. Tudo bem, Matthew é talvez o melhor vocalista da atualidade na música alternativa, as músicas são bem tocadas e, por favor, eles não são cópias do Radiohead - para serem cópias eles precisariam ser muito melhores, então não façam isso com os garotos -, eles tem um pingo de originalidade. Mas então, o que faz com que essa banda não me toque da maneira como outras?

Simples.

Em primeiro lugar, numa comparação forçadíssima, eu diria que eles são tão romanticos (no movimento musical-clássico) quanto um Lizt. Eles enfocam tudo num mesmo sentimento desesperado e "a-beira-da-morte". Mas aí está o erro: tudo. As músicas chegam a soar falsas depois de um tempo, pois não existe fluxo algum de emoções. Não existe uma baladinha simples, um roque and roul ou uma batida eletronica. É tudo épico, grandioso, pretensioso. E depois de um tempo, chega.

Em segundo, voltemos ao "movimento clássico": eles são romanticos. O romanticismo está ultrapasasado. Existem áreas sônicas que eles simplesmente não exploram musicalmente - ainda mais quando se faz a mesma coisa todo disco. Eu aposto que eles são pau-mandado de produtor.

Terceiro: você pode espernear, eu mesmo já disse que não parece, mas é fato - o vocalista da banda imita porque imita o Thom Yorke, do já citado Radiohead. Ele geme, ele grita, ele parece uma criança chorona. Acontece que o Thom Yorke tem uma gran-de vantagem sobre ele: ele criou isso.

Bem, acho que já dei motivos suficientes. Mas eu gosto de Muse. Really.

25.7.04

Hoje tem canvas tocando o primeiro disco inteiro do foo fighters na casa da matriz. Vamos? Será fera!

Acabei de voltar do ensaio da Lírio Branco. A música nova ("ignorar") está ficando muito boa e é a primeira, em muito tempo, a ter só 3 minutos e pouco. Ae! Graças a deus, eu tinha me cansado um pouco de fazer músicas gigantes.

Nada mais por hoje.

22.7.04

E quando você pensava que alguém tinha mudado, esse alguém te surpreende mostrando que era outro alguém apenas em sua companhia e vestindo a máscara que dizia que você sempre teve. Esse alguém dizia ter medo do que as pessoas pensavam, quando na verdade se escondia sobre textos publicados e, com certeza, na esperança de que você um dia os lesse e entendesse ao menos uma pequena parte dele.

Mas, aos seus olhos, sobraram pouquíssimos sentimentos, sendo um protagonista e um antagonista, quando o que alguém mais queria que você sentisse outrora era o antagônico. O protagonista vigora em sua força e explendor, mas sente falta de quando era da outra maneira, quando herói e mocinho éram um só e andavam de mãos dadas dentro de seu corpo.

Tudo isso apenas por olhar a vastidão de si mesmo e perceber que você nada mais é que mais um. Mas, apesar de tudo, a comunicação vem, e existe o desprecavimento da parte de alguém.

Então, numa breve viagem ao interior, você descobre que a poeira ainda está lá, perto dos feiches de luz, perto do cíclico, perto do neon rosa. E que ainda toca-o profundamente.

Preciso dar mais alguma bandeira? Ou devo ater-me a descoberta tão óbvia e simples feita aqui, de que quem carrega pureza em seu nome finalmente resolveu dar as caras, e possivelmente, o fez pelos motivos já ditos?





A porta está aberta de novo. Quem irá entrar dessa vez?

20.7.04

Acabei de voltar da maldita. Não foi tão boa quanto a outra, mas foi proveitosa. Fez-me perceber que a casa da matriz me recorda tantas coisas! Desde boas até ruins. Quando a favela hype ainda era na sala que hoje se encontra a sala de vídeo. Quando as pessoas que frequentavam a casa da matriz eram outras e o clima era de relativa novidade para mim, que estava cada dia mais conhecendo pessoas novas e aquilo tudo ainda era supreendendente.

Lembro-me de um dia em que o sofá da sala onde localiza-se a favela hype hoje em dia foi coroado com uma série de carícias. Lembro-me de outro onde a pista de dança nunca viu casal tão unido por diversas situações. Lembro-me da antiga lojinha vendo discussões e pessoas querendo que eu me retirasse da casa por estar com o espírito quente.

Ah, a casa da matriz. Tantas lembranças, tantas coisas, em tão pouco tempo! Terei eu coragem e saco de frequentar aquele lugar tão assíduamente por mais tempo, vendo sempre as mesmas pessoas e conhecendo (praticamente) ninguém novo?

O ano passado foi bom. Esse ano, com tudo que está acontecendo, está sendo BEN pior.

E agora, repito um post do ano passado, mais ou menos da mesma época, só que, agora, com um pequeno ajuste:

2004 será um ano muito solitário para mim

2004 will be a very lonely year to me

(/interna)

18.7.04

Essa música vai para uma amiga minha. Uma amiga realmente querida. E uma amiga que realmente precisa dessa mensagem.

Olha lá quem vem do lado oposto
e vem sem gosto de viver
Olha lá os que os bravos são escravos
sãos e salvos de sofrer
Olha lá quem acha que perder
é ser menor na vida
Olha lá quem sempre quer vitória
e perde a glória de chorar


Eu que já não quero mais ser um vencedor,
levo a vida devagar pra não faltar amor

Olha você e diz que não
vive a esconder o coração

Não faz isso, amigo
Já se sabe que você
só procura abrigo
mas não deixa ninguém ver
Por que será ?

Eu que já não sou assim
muito de ganhar
junto às mãos ao meu redor
Faço o melhor que sou capaz
só pra viver em paz.




Nós somos vencedores, menina. Vencedores.

:*

Estarei sempre com você. Por mais que você possa nunca vir a ler esse post.

17.7.04

Voltando do show do Los Hermanos, alguns pensamentos me vieram a cabeça, mas o principal foi esse:

- Que saudade da época do bloco!

O show foi bom, mas eu me senti um estranho lá. Como se a banda que um dia me fez pular não estivesse mais lá, como se os meus amigos que compartilharam aquela época comigo não existissem. Como se eu fosse outro, vestido em outras roupas. Porém, sentindo as mesmas coisas - as músicas dos Hermanos ainda me tocam. Principalmente as do bloco. Ai, ai...

Outras considerações: é muito triste que pessoas próximas a você queiram tanto se afastar que o retiram até da sua lista de fãs no orkut. Eu não deveria ligar para essas coisas, mas isso não me deixa acreditar o contrário: eu devo estar me tornando apenas "mais um". Aquele tipo de pessoa que entra na sua vida na hora que você precisa aprender algo com ela e, quando isso acontece, ela se esvai. É como um copo de cerveja. Gelado, gostoso no início, quente no final e sem gostinho de "quero mais". Apenas a lembrança do gelado o faz pedir outra. Mas aí ja é outra cerveja.

Meus pensamentos são minimalistas como eu sou.

Amanhã postarei a letra de uma das músicas novas da Lírio Branco. Estou ansioso: a música ficou legal e, depois de muito tempo, pequena. Fazia tempo que não conseguia fazer uma música de três minutos.

Até. Estou sem palavras por agora.

13.7.04

Idéias Malucas III:

As vezes eu tenho vontade de sair escrevendo tudo nesse blog. Tudo que realmente penso, tudo que realmente sinto, parar de vez de florear minhas palavras com metáforas bonitinhas que só eu entendo. Afinal, o que é o bom escritor? Não é aquele que consegue escrever o que todos conseguem entender? Ao menos, para mim sempre foi assim. Não que eu seja um bom escritor (at all) mas eu me esforço. Gostaria muito, também, de escrever um livro, mas isso é tópico para outro "idéias malucas".

Será que devo escrever, então, tudo que realmente quero? É cada vez mais difícil poder se expressar por aqui. Ao contrário de mim, muitas pessoas dão importancia extrema ao que escrevem sobre elas e a internet. Eu descobri que muitos lêem meu blog também, mesmo estando os comentários quase sempre vazios. Por que poucos comentam? Pode ser que a maioria não tenha nada a dizer, mas mesmo assim, é estranha a sensação quando uma pessoa vira para você e lhe diz que não gostou de seu ultimo post.

Acabei de esbarrar, mais uma vez, no problema da ambiguidade: vejam bem, não estou falando de ninguém específico no último parágrafo, como pode certamente parecer. Estou apenas mostrando um descontentamento em não poder falar o que realmente penso no meu espaço por simples capricho de outras pessoas. E eu não sou tão corajo, nem muito menos babaca, a ponto de expor as pessoas se elas simplesmente não querem.

Mas eu gostaria que meu blog pudesse voltar a ser o que era quando se chamava "Cada dia que passa, você está um dia mais morto" ou algo assim. Era um blog muito exclusivo, sem comentários, onde eu sabia que apenas duas pessoas liam - Luiz e Bela. Se bem que, naquela época, eu conhecia bem menos pessoas do que conheço hoje e tinha vivido bem menos coisas.

Então, como todo Idéias Malucas termina com uma pergunta, aqui vai:
- Devo escrever o que realmente penso sobre todos e não usar fru-frus de linguagem para esconder as coisas?

***

Cara, por que toda maldita é sempre foda? Essa ultima então, foi uma loucura só. Valeu muito a pena - e olha que eu estava com pouquíssimo dinheiro.

Até breve.

10.7.04

idéias malucas parte II:

Vem me ocorrendo já tem uns anos fazer um disco inteiramente solo, com músicas pop - violão, guitarra, baixo, bateria - apenas pelo gosto de tocar músicas legais, com melodias bonitas e simples. Nada de fru-frus experimentais e presunçosos (como é de meu feitio), apenas música de violão.

Eu tocaria todos os instrumentos do álbum - e, quem sabe, até me arriscaria a tocar teclado numa música que fiz. Seria um disco gostoso de escutar, daqueles que a gente coloca numa festa, ou mesmo então, daqueles que a gente quer escutar para se sentir bem. Músicas leves, como um Ben Kweller ou um Sondre Lerche fazem.

Já cheguei a pensar em vários conceitos para um disco e já cheguei a colocar em prática um projetinho experimental solo chamado Trigger Cap (nome horrível, não?), mas esse cd nada teria a ver com isso. Seria apenas (soft) rock. Não como um The Calling da vida, e sim, como "música boa feita para qualquer hora".

Meus únicos receios de gravar um disco desse são que talvez eu não consiga tocar bateria direito (embora eu tenha praticado e a bateria que penso para tal projeto seja extremamente minimista), que eu gaste muito dinheiro e que a gravação fique uma porcaria (como, geralmente, gravações independentes são).

O tema principal seria, obviamente, músicas de amor, mas não a visão amarga que tenho imprimido sempre na Lírio Branco - seriam amores bem sucedidos, daqueles "e eles viveram felizes para sempre". Aquele tipo de sentimento que todo mundo quer ter, todo mundo que ouvir, mas que realmente ninguém tem.

Já cheguei até a pensar em mesclar algumas coisas que tivessem a ver com "sol" e "calor", já que um amor bem sucedido, ao meu ver, aquece o corpo e o espírito e nos eleva a um estado especial, sendo esse estado quase impossível de passar para o papel. Existem poucas músicas em que eu realmente tenha conseguido isso e - ironicamente - as fiz quando estava no fundo do poço.

Essa empreitada também seria uma maneira de fugir um pouco das influências claras de My Bloody Valentine e Bright Eyes que a Lírio Branco vem mostrando ultimamente. Além, é óbvio, do tema corriqueiro do "choro", onde em (quase) todas as músicas têm o verbo "chorar" no meio. Tem até uma música que se chama "chorar"!

Ah, e eu não chamaria o disco de "Felipe Fortes". Não gosto. Eu criaria um pseudônimo, tipo Phillip Puddle (tá, foi um péssimo exemplo, mas é que gosto muito da idéia de duas letras iguais no início do nome/sobrenome).

Devo tentar?

7.7.04

Eu estou muito insatisfeito comigo mesmo. Estou insatisfeito com tudo. O que posso fazer para melhorar? O que posso fazer para aparecer. Começo a achar que certas coisas já não têm mais espaço em minha vida e que preciso retirá-las para dar espaço para outras. Mas complica mesmo quando até o que você achava que fazia bem parece-lhe insuficiente, fraco, apagado.

Am I fadding away?
"quando ela me ver vestida de vermelho eu irei chorar..."

ontem, gravamos 4 músicas ao vivo num estúdio aqui na barra. foi divertida a gravação, apesar do torres não poder ter ido.

vocês podem pegar as músicas aqui:
geogeo @ angelfire

até...

"...que sou quem ela ama e vestida de vermelho, ela vai negar."

3.7.04

Por que certas pessoas queridas insistem em fugir quando você mais as precisa por perto? Antigamente, isso era apenas uma impressão que eu tinha, ouvindo amigos meus. Achava que era exagero deles. Percebo que não, agora. Estou me sentindo cada vez mais sozinho. E ninguém parece se importar. Tento dar meu amor a todos meus amigos. As vezes, dou até demais e as pessoas parecem não entender o que sinto. Tudo bem.

Quando sofro minhas crises, parece que ninguém está lá para mim.

E estou sofrendo uma crise agora.

argh. chega.

2.7.04

Hoje, pensei num roteiro para um filme.

Não seria grande coisa. Quase não teria falas, seria regado a sons bons, e teria uma história, confesso, pra lá de depressiva. Algo que fizesse as pessoas pensarem. Tenho medo de que soe clichê, pois sei que isso já foi feito antes. O que me consola é que nunca foi feito da minha maneira de ver as coisas. Além disso, acho que um filme feito por mim seria apenas um capricho, uma tentativa de aprender (mais uma coisa) sozinho. Eu e minha eterna presunção de ser artista, mesmo sabendo que muitas vezes posso parecer infantil, precipitado e... raso.

Não que eu tenha medo de que o filme que montei com carinho na minha cabeça seja superficial. Tenho receios, sim, de que seja uma empreitada infeliz. E não valerá a pena gastar dinheiro com algo que talvez não me satisfaça. Porque as coisas nunca sairiam da maneira que quero, pois eu dependeria de outras pessoas, desde atores até camera-mans. E eu precisaria de um mínimo de conhecimento cinematográfico - embora a idéia de fazer algo totalmente do zero, sem conhecimento algum, me apele muito. Vai que eu consigo fazer uma obra prima baseada no meu bom gosto? Seria muito bacana.

Bacana mesmo, também, ficaria a cena do encontro da protagonista (sim, a personagem principal seria uma garota nos seus 20, 21 anos) numa casa noturna com o antagonista - e causador das desaventuras que viriam a acontecer com a menina. Eu já pensei em tudo, na luz vermelha, nas roupas, na fumaça, nos raios amarelos, na música do my bloody valentine, no rapaz falando que gostou dos sapatos dela, na música do bright eyes, no vazio do dia seguinte...

hmmmmmm....

Do rapaz em casa, colocando death cab for cutie, pensando que ela é linda, mas não significa nada para ele. Na desperança, no cinza, nos cigarros europeus, na sinfonia de miséria e gozo.

Eu não consigo desassociar imagens a sons e vice-versa.

Será que vale a pena chamar uns amigos e fazer um filme amador? Eu poderia escrever esse roteiro em um dia, como algo que sairia de súbito da minha cabeça, como algo que sempre esteve guardado aqui dentro e que conserva uma beleza da maneira como vejo beleza. E é uma visão bem pessoal, porque o cinza é lindo, o preto e branco é emotivo e surpreendente e as texturas coloridas são sempre estranhas.

Okay. Preciso parar de divagar. Mas é que a idéia é tão boa que me dá nos nervos! Eu falando de cinema, de querer fazer um filme, realmente deve soar estranho. Eu que nunca realmente liguei para cinema. Mas as vezes é legal entrar em assuntos assim, estranhos. Por mais que saibamos alguma coisa, as pessoas acham que somos leigos totais e isso pode ser proveitoso.

Bah, já chega.

Ah. DEATH CAB FOR CUTIE. Como uma banda me faz chorar tanto?

29.6.04

O que foi a seleção de clipes que acabei de ver agora na MTV? Liguei a tv enquanto preparava umas torradas e a primeira banda a tocar é Lush. Cara, Lush na emetêvê!

Logo depois, rolou o video novo da PJ Harvey, Dead Letter. Musicão eim? Aliás, o disco novo dela, Uh Huh Her está muito bom, escutem.

Mazzy Star em seguida. Cara, como assim? O que aconteceu com essa emissora hoje?

Dando continuidade, Los Hermanos. Não com as músicas chatas e já gastas do Ventura, mas sim com "Sentimental". Bem legal, mesmo porque depois teve Dave Matthews (não -Band, como colocaram na legenda da música. A música apresentada foi a do disco solo dele, some devil, que nunca parei para escutar porque o gordinho nunca conseguirá alcançar o nível de um before these crowded streets.)

Percebi que a série de vídeos bons ia acabar quando eles resolveram colocar Collective Soul. Daí, aqui estou, no meu quarto, acordado, tossindo. E escutando Death Cab For Cutie.
"Eu sou despresível."

28.6.04

Wet ground and the snow is still not falling
Circumstances are alarming, darling
The future is just a word, that's how I recall it
The past is much more present in our yawning

But I heard you right
Something was lost from the start
Oh babe, what should we do, what should we say?
Should we give it away?

The future looked so bright then
What happened tonight?
Now aeroplanes are crashing
Who turned out the light?
Seemingly it seems to me I'm subject to a joke
And it's not a test

Wet ground and the stars are still out shining
Neon lights were never oh, so blinding
Prosecute the ones who stand accused
Let the others go or leave them dying

But I heard you right
Everything was here before
We shouldn't add or put away a thing
Let nobody win

The future looked so bright then
What happened tonight?
Now aeroplanes are crashing
Who turned out the light?
Seemingly it seems to me I'm subject to a joke
And it's not a sin
de novo aquela sensação horrível no estômago...

24.6.04

O novo disco do Sondre Lerche é sensacional. Two Way Monologue é o nome, e é também o nome da melhor música do disco, onde ele consegue mostrar todas suas influências, que vão desde a música brasileira, os Beach Boys e o indie rock. Isso sem contar que o disco tem um trabalho primoroso de produção - os arranjos são bem trabalhados, desde os corais à lá beach boys até os arranjos de cordas. Tudo montadinho, tudo perfeitinho.

É daqueles discos que a gente escuta, escuta e escuta e a cada escutada ele faz melhor para nós. E eu estava precisando de um disco tão gostoso e alto astral como esse. Isso sem contar que a voz de Lerche continua a mesma - uma voz suave de ouvir.

23.6.04

Cabeça fora do lugar, surtos estranhos, indecisão, medo, tristeza, fuga, bebedeira, cigarros, simplicidade. Não poderia acontecer de outra maneira: adoeci.

De tantos problemas na cabeça, meu corpo acabou por enfraquecer e eu contraí a gripe - a sensação do momento. Me sinto fraco, meu nariz está entupido, a cabeça tomba, minha garganta reclama. Isso sem contar os sintomas psicológicos que ainda me aflingem. E vão demorar a parar.

Mas uma coisa é curiosa: essa malade fez com que eu me acalmasse um pouco. Os movimentos estão mais lentos, o corpo pede por descanço. Com meu cérebro não é diferente. Mas acho que esse vírus apareceu para que eu me acalmasse. E está conseguindo de maneira primorosa.

Plus, I really need(ed) a break.

Agora que estou mais calmo - mesmo que de maneira forçada - alguns pensamentos sumiram de minha cabeça. Como uma peneira no suco de laranja (oke, sei que existem pessoas que preferem sem a peneira. mas não é legal variar um pouco? Eu mesmo, muitas vezes, tomo suco de laranja não coado). O suco fica mais ralo e as impurezas foram quase todas embora.

O problema é se existe uma laranja podre na composição do suco.

Haha, não é a primeira vez que eu faço uma metáfora usando frutas. Realmente, é bem simples. Eu estou me repetindo de novo, mas isso não é tão importante agora... Talvez eu fale mais sobre isso num post futuro, mas esse aqui não merece isso.

Estou escutando o disco do Mew. Não o escutava fazia muito tempo. Antes de ontem, um amigo meu disse-me que Mew é shoegaze revival. Eu concordo com ele em parte. Falta ao Mew a ambição de brincar com texturas musicais, como fez o Slowdive. Falta, também, um apurado gosto para o pop como o caso do Ride ou do Catherine Wheel. Falta a genialidade de um Kevin Shields.

Mas o Frengers é apenas o primeiro disco da banda. Vamos ver para onde esses europeus vão evoluir. O caminho mais claro é a música eletronica, então por favor tomem outro caminho e me surpreendam. Mas com bom gosto, por favor.

Não, esse post não é um post felizinho como muitos podem achar. Esse é apenas um post falando dos mesmos assuntos de maneira diferente. Assim como eu, minha maneira de escrever está mudando radicalmente.

A única coisa que em mim permanece imutável poucas pessoas conhecem.

21.6.04

Daqui a pouco eu começo a reclamar de novo nesse blog. Estou sentindo ferver dentro de mim algo do passado, algo que, talvez, nunca tenha morrido e que, volta e meia, insiste em me atordoar. As vezes vem como um vômito, que consigo segurar. As vezes não - vem como um vulcão entrando em erupção, onde o que é cuspido muitas vezes fede mais que o vômito e arde mais que magma. E ao cair no chão, borbulha como aqueles líquidos verdes de desenho animado que assistíamos quando éramos crianças. A diferença é que esse líquido é real e nocivo. Corroi como ácido sulfúrico.

E aí, meus amigos, o estrago já está feito, e não há nada mais que possa ser feito. As paredes já foram corroídas, o líquido já está lá.

Muitas vezes, outro líquido vaza de outro compartimento corpóreo, esse não tão aberto como a boca. Seu movimento é sutil, seu gosto azedo. Mas, ainda assim, vem em abundância, ainda mais quando não se consegue expressar o que realmente sente, ou quando as palavras fogem, ou quando você sente falta daquilo que nunca mais poderá ter, ou quando comete os mesmos erros de sempre. et cetera.

Eu desisto. Eu não aguento mais essa minha cabeça fervilhando pensamentos, não aguento ter que pensar pelos outros e receber os problemas dos mesmos sem que ao menos uma pessoa dedique o tempo dela para mim.

Tá, vocês já entenderam tudo, eu sou previsível demais. Eu estou com uma crise braba de solidão e eu estou sendo direto como geralmente nunca sou. Parece-me que as metáforas bonitinhas que vinha usando antes são nada mais, nada menos, que merda. Isso mesmo.

Eu estou começando a ficar com raiva de quem sou. Vontade de mudar totalmente tudo, mas sem poder.

Eu me cansei. Tenho altas vontades que sei não vou cumprir. E todos parecem felizes demais, todos parecem agradecidos demais. Tudo parece hipócrita demais, como se estivessem sempre rindo às minhas costas e isso dói. Uma mistura paranóica de algo indevido no momento indevido.

Que bom que o período está acabando. Assim terei mais tempo para sair dessa gaiola que os entendidos chamam de "indie" ou "underground".

Não liguem. Eu estou surtado. Tem mais de duas semanas.

20.6.04

Ganhei um violão muito fera de aniversário. É um Takamine de aço. Para quem não entende nada de violão, isso significa que as cordas são de aço, não o violão.

Ele é eletro-acústico, logo, o usarei nos shows da Lírio Branco. As musicas começaram a brotar também, afinal, é um novo instrumento e sempre aparecem coisas novas quando estou tocando num instrumento diferente - acreditem se quiser. Aconteceu assim com "meia cinza", música da Lírio Branco, composta basicamente no yamaha de aço de meu tio.

Eu poderia ficar falando horas e horas do meu presente (tá, estou parecendo uma criança, mas, se tem uma coisa que me deixa feliz, são instrumetos musicais. Ainda mais quando são novos e meus) mas existem outros assuntos a serem tratados.

Eu vou pegar as matérias do curso de letras no próximo periodo. Acho legal essa mudança - estou me sentindo cada vez mais insatisfeito ao fazer as coisas que fazia antes. Parece que o gosto por elas vai morrendo lentamente.

Antigamente, mudar era mais fácil. As mudanças vinham naturalmente. Agora, parece que terei que procurar por elas e isso cansa muito. Embora isso também seja uma mudança, o que me deixa feliz.

Minha festinha de aniversário foi um sucesso, como a do ano passado. Pessoas diferentes esse ano, porém. E as pessoas que convidei ano passado que não foram, vieram esse ano. Fun, fun, fun.

Finalmente estou conseguindo me ajeitar depois de tanto tempo.

Bem, é isso. Mais depois.

16.6.04

Ragnarok Online é daqueles jogos que quando você começa a brincar, não te chama muito a atenção, mas você vai jogando mesmo assim. Logo depois de algum tempo, você já está completamente viciado e envolvido com o gameplay. E, convenhamos, os gráficos de Ragnarok são lindos.

Droga. Estou viciado.

Quem quer jogar? :)
the pop song

15.6.04

Eu me decidi. Vou mudar de design. Não aguento mais, é muito chato. O curso que abriu agora na PUC é o que eu queria antes de entrar para design. Chama-se Letras - Escritor.

Vamos ver até onde eu posso chegar com isso. E se eu vou realmente mudar de curso.

13.6.04

Eu e uns poucos amigos descobrimos a maravilha do pôquer. Uma ótima maneira de se esquecer um pouco da vida, de estar com pessoas que você se importa e tem muito carinho, de tomar uma cerveja gostosa. Lógico, não apostamos dinheiro pois não estamos esbanjando riqueza por aí - muito pelo contrário. Usamos as pecinhas coloridas do war II como fichas de grana.

E os jogos transcorrem bem, junto com conversas, risadas e o sonzinho no fundo, tocando desde Pixies até Queens of The Stone Age. Num cenário de pura amizade, com os biscoitos doces e salgados realçando o sabor do sentimento.

Lógico, no canto de cada um sempre existe algo particular. No meu, é o cinzeiro, onde as bitucas de cigarro vão se acumulando conforme o passar da noite e das rodadas.

O telefone chega a tocar algumas vezes - não apenas o meu - para atrapalhar o nosso momento, mas fazemos de tudo para que não nos tirem nosso templo de diversão. Tudo isso por causa de uma breve reunião casual na casa de um amigo tylenol.

E nisso, com meus amigos, eu vou me levantando. E volta-me a cabeça que nem sempre eu sou o segundo melhor. Posso não ser primeiro em tudo, mas com certeza não sou o ultimo. E, acima de tudo, tenho consciência de que sou eu. E foi muito bom perceber isso, even with the alcohol that lingers on your breath. E me foi provado que, mesmo que corriqueiramente, a vida nem sempre é uma sinfonia de miséria e gozo.

São momentos como esse que me trouxeram isso. E é um sentimento gostoso, mesmo sabendo que não passa de uma escapada de algo que ainda continua batendo aqui dentro e que ainda continua doendo. But, eventually, the pain tends to subside, and then i will be able to move on, and to completely forget the "second best". Myself and yourself. No longer oneself.

Afterall, whats wrong with second best?

12.6.04

déception


Pedro the Lion - Second Best

The patch, the aftershave, the european cigarettes
The taxi, the alcohol that lingers on your breath
The lipstick, the street lamp, the woven overcoat
The front desk, you tell yourself, it isn't over yet

Second best, oh second best
I can learn to live with this
Plus I really need a rest
After all what's wrong with second best
What's wrong with second best

The motel, the distances, caving to kisses cold and wet
Familiar exchanges, wrapping the pulling thread
The empty movements that once were so inspire
Desperate attempts to fan the flames without a fire
The mattress creeks beneath
The symphony of misery and cum
Still we're latching back and forth
And blurring into what

Second best oh second best
I can learn to live with this
Plus I really need a rest
After all what's wrong with second best
What's wrong with second best

9.6.04



Je suis retourné après une longue absence. Là où les pensées avaient été impératives pour les changements qui s'étaient produits avec moi.






Returned

Finalmente com o computador de volta, finalmente à vida antiga. Mas algo parece diferente, algo parece mudado. Como se uma pequena pedra caísse prevendo a avalanche - e a neve branca subsequente para purificar tudo com sua reza homogênia. E essa prévia de mudança se dá por um pensamento simples que andou aparecendo em minha cabeça. "Eu ando me repetindo".

Esse blog está cheio de imagens repetidas. Já está na hora de trocar as figurinhas para que eu possa completar o álbum. Já cansei de falar tanto sobre algumas coisas já mencionadas aqui. Cansei tanto que estou com preguiça até de dar alguns exemplos, embora saiba exatamente citá-los.

Eu sempre tive cede por novidades, empolgação por me renovar. Já está na hora de entrar o Fel camaleão novamente em ação. Uma amiga disse-me, a pouco, que quando entrei na faculdade eu era totalmente diferente do que sou hoje em dia. Isso me deixou feliz. Mas isso já tem dois anos. E estou sentindo que a hora da mudança chegou.

Pode ser estranho, e eu concordo. Mudanças são graduais, mas acredito que a vontade é o início de tudo. Pode parecer, mas não sou um daqueles caras que acordam num dia e pensam consigo mesmo 'mudei!'. As mudanças são doloridas, mas necessárias. Eu odeio ficar parado em qualquer lugar.

A única mudança que este blog realmente me mostrou foi que, sem perceber, tornei-me muito mais objetivo do que pretendia. Não sei se isso é bom ou ruim - em termos de escrita - mas estou olhando com olhos positivos, já que é uma mudança.

Eu preciso cortar o cabelo.

assinei o Gmail. está começando o domínio Google do mundo. o mondo google.

3.6.04

Ando tossindo muito. Não é uma tosse catarrenta: é seca, amarga e faz-me ficar sem ar. Ainda sinto minha garganta arranhar, como se estivesse sangrando - não é nada agradável sentir um espasmo de tosse passando por uma ferida. Ainda mais se essa é na garganta.

Tenho medo de que a ferida seja nas cordas vocais. Não sei ao certo se está ferido, não sei ao certo o que acontece. Pode ser apenas uma simples dor de garganta, seguida de tosses tubérculas. Mas pode indicar que meus dias como cantor estão contados. Prefiro não pensar dessa maneira - o que faria se não pudesse mais cantar? Tenho outros medos envolvendo minhas cordas vocais, como acabar virando a Julie Andrews - com as cordas vocais destruídas por um erro médico, possivelmente um bisturi que passou um pouquinho além da conta e cortou mais fundo.

Mas o tempo está me dizendo que não é nada demais. É sempre assim; quando está cinza, quando está chuvoso, é sinal de ociosidade. De certa maneira, deposito minhas esperanças no tempo chuvoso, pois sei que ele está me mostrando que nada de ruim pode acontecer. Sofro muito mais com as mudanças repentinas de tempo, sofro muito mais com o calor pavoroso do Rio de Janeiro. Preferia morar num lugar frio, mas receio que entraria em depressão facilmente em tal lugar. Eu penso muito, confundo muito, mas concluo também. Acho que é humano, e acho-me bem pacato. Não por conta disso, mas simplesmente porque sou.

Coff Coff, outra tosse.

Tento parar para pensar em alguma outra coisa, mas os pensamentos insistem em se esquivar de meus tentáculos cerebrais. Lógico, a associação direta que vem ligada à palavra "tentáculo" é "hentai", e minha mente começa a dar risadas de como animes pornográficos com tentáculos e monstros são ridículos. A palavra "monstro" me lembra um amigo meu falando que o filme "Van Hellsing" é ruim, mas divertido a beça. Ainda mais porque o protagonista é "o caçador de mostros". Isso mesmo, sem o "n". Experimentem falar "mostro" (com a tônica no primeiro "o") ao invés de "monstro". É muito mais legal.

Okay, chega de falar de potuguês. (não é muito mais legal falar "português" sem o "r"?)

Acho que vou criar um dicionário de palavras feras. Todas baseadas na cultura do mostro e do potuguês.

Nossa, olha onde meu papo sobre tosse foi parar. Isso se dá porque minha cabeça não para nunca, embora algumas vezes ela possa parecer suspensa. Mas ela apenas parece.

1.6.04

Today, i feel a little bit like writing. In English, if you please.

I´ve skiped religion class again today. I wasn´t in the mood of being in a class where all that realy happens is catequism - you have even to read a few bible texts. I don´t find the bible interesting, and I definately don´t like the institute know as church :b

oh, just blow it.

there´s not really a thing to write, since my days are completely grey, as i´ve said before.

But hey, that´s it.

31.5.04

não terei computador tão cedo... ai ai...

28.5.04

Caros amigos,

Estou sem computador por agora. Ele simplesmente decidiu que não ia ligar mais. Mas está sendo uma boa terapia só utilizar o pc durante poucos minutos por dia. Estou acessando pelos macintoshs aqui da puc. Nada muito diferente - já fiquei sem computador antes e sei utilizar um apple bem.

O show da minha banda está confirmado! Domingo, galera! Qualquer coisa me LIGUEM. :b

beijinhos...

26.5.04

Eu me imagino andando por uma rua, vestindo um paletó à maneira antiga, e um chapéu Charlie Chaplin. Me imagino carregando uma maleta - o que existe dentro dela não posso dizer, porque nem eu sei.

Está chovendo, tornando todo ambiente - este, por sinal, bem desértico, onde apenas o que se vê é o asfalto molhado e alguns postes de iluminação aqui e ali - cinza. Piso em uma poça d'água atrás da outra, apenas para brincar sozinho.

Uma hora me canso da brincadeira, uma hora me canso de andar para lugar algum. Então eu paro. No meio da chuva e sem um guarda chuva, esperando algo acontecer.

Quando resolvo olhar as horas, percebo que o relógio não mais funcionava. Estou perdido no meio de uma rua molhada, no meio do nada, onde a chuva atormenta-me os pensamentos, onde o frio começa a abalar-me e tudo que eu peço é um pouco de sol.

Volto a andar pois vejo que ficar parado também não adianta. Tropeço e vejo o conteúdo da pasta perder-se ao cair na pavimentação molhada: desenhos meus. fotos minhas.

Por que guardava-os dentro de uma pasta? A única resposta que vem a minha cabeça é que eu gostaria de vendê-los a alguém que se interessasse pelo trabalho de alguém molhado e que não chega a lugar algum andando pela mesma pista molhada e cinza.

Alguém me dá uma toalha e uma carona para o dinner mais próximo?

25.5.04

Acabei de ter um deja vú ridículo - eu, olhando perfis aleatórios no Orkut, ouvindo Pedro The Lion - Rejoice, lembrando que já vi essa cena anteriormente, e lembrando de como me senti da primeira vez que vi isso acontecer. Foi a um tempo já.

Primeiro, que não havia Orkut, e eu não sabia que raio de website era esse. Segundo, que minha vida estava completamente diferente em todos os aspectos - naquela época, era como se eu tivesse mais chão, embora fosse tão irresponsável quanto sou hoje. Terceiro, que eu raramente fico olhando coisas aleatórias feito perfis no Orkut - é bem falta do que fazer mesmo.

I just tought i'd share that with you guys.

Ah. Só para lembrar: tem show da Lírio Branco dia 30 no Espaço Cultural Estácio de Sá. Terei ingressos comigo. Quem quiser... custa 5 ou 6 reais, não tenho certeza.

Vamos tocar a música nova. Ela se chama "Nova". E eu não estou brincando.

Até.

23.5.04

Cara... que letra linda.

Priests/Paramedics by Pedro The Lion

Paramedics, brave and strong
up before the break of dawn
putting poker faces on
broken bodies all day long
the neighbors heard a fight
someone had a knife
it must have been the wife
the husband's lost a lot of blood
he wakes up screaming "oh my god"

Am I gonna die?
Am I gonna die?
as they strapped his arms down to his sides
in times like these they've been taught to lie
"buddy just calm down, you'll be alright"

several friends came to his grave
his children were so well behaved
as the priest gone up to speak
the assembly craved relief
but he himself not giving up
So instead he offered them this bitter cup

you're gonna die
we're all gonna die
Could be 20 years, could be tonight
Lately I have been wondering why
We go to so much trouble
To postpone the unavoidable
And prolong the pain of being alive

21.5.04

estou com cheiro de leite. e eu odeio leite. deve ser o sabonete novo que compraram aqui em casa. agora eu vou jantar.

okay. isso não tem nada de interessante. mas eu não estou me sentindo nada interessante hoje. por isso que vou sair para beber e me divertir. para me sentir interessante. e para esquecer as paranóias.

e para perceber que muitas vezes eu sou rude com meus amigos e isso me deixa triste porque não quero ser assim.

vou levar minha vida de uma maneira 1 + 1 = 2, de agora em diante. quem sabe assim eu consigo escapar um pouco dos problemas que atordoam minha cabeça.

19.5.04

Tive um sonho estranhíssimo essa noite. Envolvia pessoas antes próximas a mim e uma pessoa que não conheço. O sonho me falou até o fotolog dela. Era algo como fotolog.net/lealoca. O endereço não existe, mas eu me lembro vividamente do rosto dessa Lea.

E ela fará algo não muito legal com outra ela.

18.5.04

só para explicar o post sobre política:

eu não sou um analfabeto político. leio sobre as coisas, as vezes até me forçando. porque sei que preciso saber. mesmo porque é uma questão que não é apenas minha, é de várias pessoas.

se eu fosse daqueles que não querem nem ao menos saber, ignoram completamente a existência, aí sim poderiam me chamar de "analfabeto", "alienado" ou o que for. mas não é assim.

e eu não odeio a política. eu odeio política. o artigo muda tudo.

deu.
Estou escutando Sneaker Pimps depois de muito tempo e lembrando de tantas coisas. Esses sentimentos me são comuns: saudosismo e nostalgia. Agora, ao escutar essa banda novamente, me veio como uma onda, como uma brisa tingida de amarelo pelo desgaste das páginas.

Mas, mais que tudo, 2003 tinha um cheiro diferente. Eu nunca havia parado para pensar nisso - embora já tenha comentado aqui nesse blog o quanto o cheiro é importante. Chega a ser engraçado: todas as recordações que estou tendo agora vêm acompanhadas de uma lembrança de um cheiro que sei que foi especificamente daquele ano.

2003 me pareceu, também, mais frio. Não se o lugar onde o Sneaker Pimps está me levando é mais frio do que minha casa, mas é assim que estou me sentindo agora. Inclusive, eu estou vendo-me cobrir mais com o edredon e não querer sair nunca mais daquele quarto.

As paredes vermelhas que nunca foram pintadas em 2003. Que saudade do ano passado. E do cheiro. Principalmente do cheiro. E da maneira como as coisas eram arrumadas em casa e de todas as confusões que vivi.

Minha nossa, estou a verter lágrimas com todas essas lembranças.

Cara. Sneaker Pimps nunca mais será a mesma coisa para mim. Me voltam muitas coisas. Mas, ao mesmo tempo, elas me voltam com um sorriso no rosto. Um sorriso acompanhado de uma lágrima. Por que?

17.5.04

Eu odeio política. É daqueles assuntos que não me interessam, que sempre geram discussões que não levam a nada. Odeio essas pessoas "engajadas" em "causas políticas".

Lógico, é necessário que se tome partido - para isso é necessário analizar a situação, estudar um pouquinho, coisa que faço com alguma cautela. Mas, por mais que eu tente, simplesmente não consigo ver graça nenhuma em política.

Para mim, todo esse rebuliço ao redor da bebedeira de Lula é um saco - mas tem seu lado positivo. Para quem sempre quis vê-lo fora do trono - como assim ele considera - feito eu, é realmente interessante.

Mas é muito engraçado.

But I couldn't care less. I've became way to conformist for my own good.

16.5.04

Sabe quando você encontra em alguma música, em alguma letra, em alguma pessoa algo que você se identifique tanto que chega a doer? Como se algo fora de você pudesse explicar exatamente como você sempre se sentiu frente a tudo?

Comigo, essa pessoa foi Conor Orbest. Não foi apenas em uma de suas letras e uma de suas músicas que me li - foram em quase todas. Mas posso destacar duas. Primeiro, a música que fez com que eu me apaixonasse por Bright Eyes - e, subsequentemente, o outro trabalho de Orbest, o Desaparecidos -, "False Advertising".

Depois, foi uma música que, apesar de ser uma visão estranha de seguir em frente, me deu esperanças de continuar vivendo todas as minhas febres. De viver tudo aquilo que me deixa acordado a noite. "Sunrise, Sunset" é o nome da canção e a letra da mesma é uma das mais fantásticas que já li em minha vida. A música também; acompanha o ritmo de batidas cardíacas que a letra necessita, com certas explosões de sentimentos, antes contidas por algo que nem mesmo o autor pode explicar, "because you've changed".

Eu só posso agradecer ao Zebo, o Trigger Cut aí do lado, por ter me mostrado essa banda que, de certa maneira, mudou minha maneira de pensar.

***

Ontem, acabei indo parar na ploc 80's. A festa acabou se resumindo a jogar sonic no master system e jogar super trunfo com a Livia, o Fred e o Ivan. Foi bem bacana. Fazia tempo que não ia na Nautillus (ou espaço Marun, whatever) e me diverti.

Logo depois, fui fazer compras no supermercado (!!!) com o Fred e a Livia. Foi muito divertido! Pegamos uns biscoitos e comemos lá mesmo, conversando sobre coisas engraçadas. Também foi curioso ver o cd do Alice in Chains por 6,90 - Hahaha. Enfim.

Bom domingo para vocês. Eu agora vou dormir. Amanhã tem o churrasco "masmorra" (só porque o Museu me chamou :b).

15.5.04

what's wrong with second best?

caralho. viva o pedrão!!

14.5.04

Estou deveras impressionado. Hoje minha internet funcionou - ao menos por 1 minuto - com o cabo que liga à parede do telefone ao modem do velox desconectado. Eu devo emitir ondas eletro-magnéticas, porque é a primeira vez que vejo isso acontecer e nunca ouvi caso parecido com esse. Eu realmente tenho uma coisa especial com máquinas que nem eu vou entender. Principalmente computadores.

Eu resolvi colocar uma foto minha hoje no fotolog. Amanhã coloco mais alguma carta de magic e mais alguma frase enigmática. A maioria dessas frases não fazem senso nenhum para muitas pessoas, mas a mim sim. E o fotolog é meu, não é verdade? Não preciso que os outros compartilhem de minhas loucuras, porém - por isso me escondo através de enigmas facilmente decifráveis.

Hoje tem o show do Lemonheads no Ballroom. Deve ser legal. Eu só conheço um disco deles - o It's a Shame About Ray - e é bem legal. Gostaria de conhecer outros mas, ao mesmo tempo, as vezes é legal ir a um show sem conhecer muita coisa. Deixar-se surpreender é muito bacana.

Eu quero ver o que vai acontecer, então estou virando a página com dedos sujos de belladona. Se meus dedos virão ou não à boca na próxima página, apenas o futuro poderá dizer. E ele é incerto como sempre foi e como eu nunca quis que fosse.

Mode Riot Fel On.

13.5.04

Eu só gostaria de deixar uma coisa bem clara aqui:

- Eu odeio que sintam pena de mim. Pena é um sentimento muito baixo e eu não me deixo sentir por ninguém porque não quero que sintam de mim. Especialmente àquelas pessoas que já foram/são próximas a mim.

- Sinceramente, àqueles que sentem pena de mim, vão tomar no meio de seus respectivos orifícios anais.

- Sim, porque poucas pessoas, como a bela, conhecem o riot me.

- And you wish you'd never see me.
"(...)These drunken hours -- graces deflowered
Cast down by an angel
She used to kiss his weeping eyes
Depressed in her bosom
Tears roll off her nipple

Sweet baby, don't cry...
Your tears are only alibis
To prove you still feel --
You only feel sorry for yourself(...)"

Cursive - The Martyr

12.5.04

As vezes me bate uma vontade louca de sair gritando palavrões no meio da rua. De encher os pulmões, abrir a boca e deixar minhas cordas vocais ressoarem com sujeira e fúria. O tipo de fúria adolescente punk - cara de criança, roupas largas, inconsequencia.

Mas aí algo dentro de mim me diz para ficar quieto e analizar. Me diz para conter meus sentimentos, me diz para perceber como estou enganado sobre diversas coisas, como tento me cegar perante a realidade. Eu engulo os palavrões e eles descem como uma cerveja ruim e quente no calor de 40 graus - ficam entalados na garganta, meu estomago começa a revirar.

E fico com esse enjoo até o ponto que tenho que colocar o dedo na goela e esses palavrões são todos vomitados dentro de minha mente, para esvaírem-se em acordes de guitarra ou palavras esquivas.

E tento fugir cada vez mais da realidade bebendo, tentando me destrair. Não conseguindo cumprir com meus deveres e sendo displicente como fui quando tinha 18 anos. Achando que mudei sendo que continuando igualzinho ao que já fui.

E aí o sistema imunológico já está enfraquecido e acabo contraindo uma doença - minha cabeça e meu corpo foram esquecidos e o conjunto deles resolve ficar na cama. Com a garganta doento, com os pés frios e com os lábios quebrados.

Pedindo suplicantemente por um copo d'água, apenas um lábio pode sarar a sede dos meus. Mas eu estou doente e ninguém me trará o copo d'água. Preciso levantar-me, correr atrás e ainda assim, ninguém me garante que terá água em casa.

Então, cá estou, deitado, doente da mente, do corpo e do coração, suplicando por um copo d'água, voltando a ser a pessoa que fui por bastante tempo. Eu ainda não me olhei no espelho e tenho medo do que irei encontrar.

Uma nova pessoa foi construída dos poucos frangalhos que existiam de mim. Essa nova pessoa é frágil, pequena, triste e luta por uma causa perdida. Se eu for pensar, muitas coisas do stargazer ainda sobraram. Mas novos pedaços foram descobertos.

Não que sejam legais. São apenas uma condição momentãnea.

Que tristeza. Que tristeza.

11.5.04

Estou de volta. Quero encontrar vocês, amigos. Estou com saudades. :~

9.5.04

mais um post rapido.

Ainda em cbta, na casa da Lu. Ontem foi o show do Pixies - i´m speachless. Foi fantástico, apesar do frio. Eu estou meio chateado porque eu perdi o Grenade, mas são coisas da vida. Depois fomos eu e mais um grupo de amigos, incluindo Fabio Portugal, Luiza e Bela, tomar um drink pós show na rua 24H. Programinha light, apenas para conversar e descansar a cabeça.

O Pixies não tocou rock music e eu fiquei puto - só para constar.

O show do Teenage Fanclub foi ótimo as well, mas o que me surpreendeu mesmo foi o Hell on Wheels. Um show agitado, realmente bom. Enfim, o saldo desse CPF foi positivo - embora muitas pessoas tenham me dito que o do ano passado foi incomparavelmente melhor. Mas valeu.

Amanhã estou de volta ao Rio.

No som: Franz Ferdinand

Ah. Feliz Dia das Mães! :)

6.5.04

apenas um post rapido.

Cbta. Bebendo, me divertindo. Enfim. Pixies depois de amanhã. Escutando Grandaddy no computador da Lu. Sentindo saudades de algumas pessoa. Frio, friozinho. Meus pés estão gelados. Sensação de que falta alguma coisa - talvez mais bossa nos prédios, minimalistas demais.

Por enquanto é só.

4.5.04

cara, se o pixies não tocar "rock music" eu vou ficar muito puto.
caralho, o cursive's domestica é bom demais. é um disco tão bem feito, as músicas são tão boas que chega a doer. você consegue sentir a dor na voz de Kashner em cada música.

o mais legal do cursive também é que a banda não se enquadra. por exemplo, no ugly organ: tudo bem, uma banda com pegada emo. mas... com um violoncelo?

no domestica não é diferente. apesar de ainda não ter o violoncelo, a construção músical é toda fragmentada - lembra pavement algumas vezes, só que de uma maneira muito mais abrasiva.

e as letras? maravilhosamente bem construídas, com metáforas complexas mas de fácil compreensão. principalmente na época do domestica - que conta basicamente a história da separação de Kashner.

cursive é uma banda que recomendo a todos que gostam de música boa. realmente, o selo criado pelos moleques do commander venus - saddle creek - aparece com bandas muito boas.

dentre essa seleção estão, inclusive, bright eyes, desaparecidos... enfim. recomendo a seleção de bandas da saddle creek. como diria um conhecido meu... é emo bom.

se bem que...

por que raios sunny day real estate é emo? eu não vejo absolutamente NADA de emo nessa banda...
[nada a ver com o assunto, mas bem, vocês sacaram]

3.5.04

Eu sempre sou mal interpretado... que droga, eu deveria tentar deixar as coisas mais claras. Simplesmente escrever o que penso sem fazer rodeios.

Se bem que existem certas coisas que queremos comunicar que nem sempre queremos que todas as pessoas entendam. Eu entrei nas metáforas e associações por causa disso, mas sempre acabo me esquecendo o quanto isso é subjetivo. E as interpretações alheias podem machucar aos outros e a mim. Já passei por isso e não é bacana.

Eu também fico usando eufemismos para tentar suavizar qualquer que seja a situação e isso também não é tão proveitoso quanto parecia ser. Algumas vezes é necessário que seja usado mas, assim como as metáforas, um eufemismo mal utilizado é como colocar a cabeça na guilhotina.

Eu fico me perguntando de tudo. Até demais. Eu deveria descançar minha cabeça, tentar ser mais normal.
Não estou conseguindo dormir de novo. O que será que há de errado comigo? Uns diriam que é porque ando saindo muito, trocando noite pelo dia, mas acho que não, pois ando dormindo ben pouco. E aí, como fica? Eu devo estar ficando lesado, inclusive, pois a Fli me disse ontem que o ser humano produz um certo hormônio quando dorme a noite.

Perdoem minha inguinorãnssa por não saber disso.

Estou preocupado também com meu ingresso pro Pixies. Não chegou até agora. Hmmmm...

2.5.04

- Oi.
- Oi.
- Então, vamos continuar aquela nossa conversa...
- Você tem certeza de que quer continuar?
- Hã?
- Você me ouviu.
- Eu... Eu não sei. No fundo acho que quero, mas tenho medo do que poderei descobrir.
- Então vamos conversar sobre isso.
- Certo... Nós estávamos em qual parte? Do existêncialismo?
- Sim. Você esta se perguntando...
- ...Se vale a pena viver com tudo isso.
- Mas o que é tudo isso?
- Era minha razão de viver. Isso basta.
- Basta? Sua vida resume-se a sentimentos tão simples assim?
- Sempre me achei um minimalista. Sempre procurei ver a simplicidade das coisas, mesmo sabendo que...
- ...Elas não existem.
- Você quer parar de me interromper?
- Perdão. Faz parte de quem somos.
- Bem, voltando: de que adianta viver sentindo tanta dor? Ando como um zumbi, não paro para pensar, não consigo fazer nada. O que posso fazer? Não vejo mais um motivo.
- Simples. Você precisa achar uma razão pela qual valha a pena viver. Se esforçar em algo que, mesmo que não seja completo, bem sucedido, faça sua cabeça relaxar um pouco de todos esses pensamentos nocivos que você vem tendo.
- De certa maneira, você já me disse o que fazer, mas eu simplesmente não consigo.
- Você está se referindo ao conformismo...?
- Sim.
- Mas você já foi assim. E você sabe que não deu muito certo, que apenas perdeu valores em sua vida.
- Eu sei. Mas ao menos com o conformismo, eu tenho algo para lutar.
- Explique-se.
- Ao não abandonar quem sou, eu sofro. Mas eu luto por aquilo que perdi. Porque, mesmo tentando não abandonar, algo foge. Algo fica perdido. Lógico, se sou um conformado, eu deveria deixar passar.
- Mas nós não conseguimos, não é verdade? Nós não aceitamos. Nós tentamos correr atrás de nossa própria pessoa e por vezes ela escapa como areia pelos dedos.
- Sempre sobram alguns grãos.
- Você vai viver de grãos?
- É o que restou.
- Não existe razão; você não está pensando direito, está apenas tentando encaixar um emaranhado de pensamentos como se eles fossem resolver alguma coisa.
- Ao menos esses pensamentos me fazem refletir sobre quem sou.
- Mas é só isso?
- Como assim?
- Tudo que você anda fazendo me soa vazio. Sua vida soa vazia. Você está vivendo de restos de comida, realizando restos de trabalho, tocando restos de guitarra.
- Então, se minha vida anda tão vazia, por que não simplesmente acabar com ela?
- Covardia.
- Covardia?
- É. Um ato impensado, uma fuga. E depois, do outro lado, você se arrependerá.
Começa a chorar.
- Mas de que adianta tudo, então? Eu estou apenas vivendo sem ao menos realizar que estou vivo! Estou entrando na psicologia barata que sempre detestei. Estou sendo que nunca quis ser!
- Você só me fez mudar. Mas depois mudou de mim.
- Você quer me biografar! Mas não quer saber do fim.
- Eu não faço isso. Estou tentando ajudá-lo.
- Vamos parar por hoje. Eu já não aguento mais.
- Isso é fugir.
Acende um cigarro
- Fugir?
- É. De que adianta fugir de um problema quando ele pode ser resolvido? Não seria melhor simplesmente sentir o que você quer sentir?
- Eu não quero mais sentir.
- Isso é voltar atrás.
- Chega.
Neuronios se desligam. Tu Tu Tu Tu...

1.5.04

Algumas coisas que percebi nessa sexta para sabado:
1 - o caminho da minha casa para casa da bia é grande
2 - a casa da bia me tras MUITAS lembranças
3 - eu continuo tentando esconder o que sinto
4 - eu voltei a 1 ano e meio atrás sem perceber
5 - beber demais não faz bem
6 - dessa vez, quem me parou nao foi uma puta e sim um chinês fodido.
She's in the kitchen,
Crying on the oven
It seems she really loved him

He's so drunk he's
Passed out in a Datsun
That's parked out in the hot sun
In the saddest vacant lot in all the world

Boldly going
Where he rarely knows
But he'll miss her when he goes

What a shame
As she drifts out of reach
While he's still drunk asleep
In the saddest vacant lot in all the world


Grandaddy - Saddest Vacant Lot in All The World

29.4.04

Depois de escutar o novo disco do Pedrão (Pedro the Lion's Achilles' Heel) eu chego a conclusão de que o David Bazan sempre coloca a melhor música do disco logo no início. Não que esse novo álbum seja ruim, longe disso: é talvez o melhor disco desde o "It's hard to find a friend" - mas o grande destaque do disco é a primeira música, "Bands With Managers". De resto, Pedrão brinca com as texturas de guitarra e prova ser um ótimo guitarrista, pelo menos em uma música ("Keep Swinging"). Achilles' Heel é um ótimo disco, mas ele nunca chegará a ser o que o It's hard to find a friend ou o The Only Reason I Feel Secure são.

De qualquer maneira, VIVA O PEDRÃO. :~
Montando um deck preto agora, notei que estão faltando muitas cartas minhas... Ou roubaram, ou eu esqueci na casa do Paulo.

Inclusive, um grimório silvestre, que eu colocaria no meu deck. Uma sombra de Ishan está faltando também...

droga.

27.4.04

Cara... estou escutando Grandaddy - Why Took Your Advice numa das rádios do iTunes. Que foda. Vivo me perguntando porque não existem rádios assim aqui... :~
Falta pouco mais de um mês para meu aniversário, e acho que já decidi o que vou fazer. Será um programa bem simples, para algumas pessoas queridas - apenas três delas estiveram no meu aniversário ano passado e vocês estarão esse ano também, espero.

Será simples. Amigo reunidos na minha (isso mesmo, decidi. quero morar sozinho) casa, tomando algumas cervejas importadas (hoegaarden liderando, como sempre, mas dessa vez, em vez de fazer splashes de warsteiner e corona, como fiz ano passado, estou pensando em faze-lo com Stella Artois - que era o plano no ultimo ano, mas na época Stella estava em falta - shuif :~). Mas isso será cedo, não será uma festinha como no ano passado.

Estou pensando em chamar esses poucos amigos para beberem lá em casa (com direito a música e salgadinhos feras) e depois sairmos todos juntos para uma casa da matriz, ou então, algum outro programa legal.

Acho essa idéia melhor que o boliche que eu estava pensando e mais barata que a ida ao Belgium Beer Paradise. Cara. Eu tenho que parar de gastar tanto dinheiro com essas cervejas importadas. Se bem que eu não tomo uma Hoegaarden a um bom tempo - ando guardando dinheiro.

O que vocês acham da idéia do meu aniversário? :)
que droga. eu tento, tento, mas não consigo! isso é frustrante!

é como quando estou tentando desenhar alguma coisa e não consigo. as idéias estão na cabeça, prontas, estruturadas, mas a mão no obedece, os sentidos me traem e eu rabisco o papel inteiro, simplesmente por ser, em alguns pontos, um perfeccionista.

26.4.04

Acabei de ver alguns pedaços da festa do meu irmão - o filme chegou aqui em casa.

Good times. E eu estou muito gordo.
Adormeci a pouco tempo na frente do computador, como sempre faço. Estava escutando Afghan Whigs, quando a música pareceu derreter-se junto a meus pensamentos e estes tomaram forma num posto de gasolina em, aparentemente, uma auto estrada, no meio do nada.

Eu saía de um carro para comprar um maço de cigarros. Nisso, ao entrar no restaurante ao lado da loja de conveniência, encontro-me com deco, com algumas meninas amigas minhas...

Ah, enfim. Não quero detalhar o sonho. Não foi um sonho bom. Isso por causa do que me fez lembrar quando acordei.

25.4.04

As vezes eu tenho uns ataques de solidão. Quando esses ataques chegam, eu sinto muito mais vontade de estar com alguém do que o usual. Como eu não sinto atração por ninguém ultimamente, só consigo pensar em uma pessoa que eu gostaria que estivesse do meu lado. Mas, ao mesmo tempo, o pensamento é reprimido por alguma parte da minha cabeça e eu passo a sentir ainda mais a dor de meus olhos remelentos da conjuntivite.

Eu tenho os pensamentos bem estruturados, mas tenho uns mood shifts um pouco estranhos. Na verdade, acredito eu ser uma coisa bem geminiana, pois minhas mudanças de humor são, praticamente, duas. E eu fico na maior parte do tempo naquela que chamo de "cinza".

Lógico, existem outras primaveras além dessas duas, e tem umas que eu não gostaria que vocês vissem ou soubessem como pessoas pelo qual eu tenho um carinho muito grande já viram. Todo mundo tem seu lado negro, e eu não fujo disso. Eu chamo essa alteração de "o bobão descontrolado".

É difícil entender a si mesmo, mas os pensamentos geralmente são simples. Eu sou movido por impulsos. Quero isso, quero aquilo, não quero isso, não quero aquilo. Eu tento simplificar as coisas para torná-las mais fáceis e racionais, mesmo sabendo que muitas pessoas não se explicam por serem subjetivas demais. As vezes eu penso que gostaria que as pessoas fossem mais parecidas comigo - mas aí perderia a graça e eu jogo esse pensamento no lixo.

Okay. Nada a ver, mas estou escutando Afghan Whigs e é bom pracaralho. Gentleman é o nome do disco.

Eu gostaria de poder condensar os pensamentos como geralmente faço, mas hoje está absurdamente difícil. Talvez porque eu tenha cansado de pensar; talvez porque eu simplesmente não consiga ver nada além de cinza. Enxergando feito um cachorro.

E não é por causa da conjuntivite.

24.4.04

O olho esquerdo está normal. O direito está uma pasta de sangue. Fico todo contorcido e mole, como se a bactéria atingisse meu corpo inteiro. As vezes é necessário pingar algumas gotas de colírio - o que me faz estremecer, já que detesto qualquer coisa que mexa com meu olho, mesmo que seja um liquidozinho inofensivo. Tenho medo de encostar minhas mãos em qualquer coisa, porque tenho medo que a doença se espalhe como as tropas de Napoleão pela minha casa. Fico em frente ao computador, conversando, perdendo alguma festa legal, perdendo as cervejas e, quem sabe, perdendo alguma pessoa legal para conversar.

Daí o olho começa a pesar e começa a arder e começa a coçar. E o simples ato de piscar o olho parece uma guilhotina cortando ainda mais meu pobre globo ocular, danificando ainda mais o que já está bem ferido. E meu corpo produz algumas defesas, tentando tirar a invasora, a bactéria. Mas, até agora, foi infeliz, embora suas forças estejam crescendo gradativamente, até o ponto em que a bactéria terá que declarar derrota, e meu corpo será vitorioso.

Os generais de guerra - conhecidos no nosso mundo como "médicos" - estão dando uma previsão de cinco dias para que isso aconteça. Como esse é ainda o primeiro dia de batalhas, ou uma, ou outra: ou eu perco meu feriado inteiro e ainda falto dois dias de aula, ou então meu corpo tem um sistema imunológico mais forte que o de uma pessoa comum. Acredito mais na primeira versão, embora gostaria que a segunda fosse verdadeira. Já pensou ser o super-homem da imunologia? Qualquer doença curada em apenas um dia, com apenas uma noite de sono.

Quando eu era criança costumava acreditar que, se eu dormisse, quando acordasse estaria melhor. Esse pensamento me salvou de muitas noites de febre alta, muitas noites sem conseguir respirar direito, muitas noites querendo me coçar mas não podendo. Era sempre assim: vai passar logo, finja que não é com você, amanhã vai estar tudo bem.

Agora que estou mais velho, essa maldita conjuntivite está tirando meu sono e transformando meu pequenino olho numa pasta de sangue. Não sei se foi por estresse que peguei a doença, mas é fato que não é com uma noite de sono que ela será curada, embora eu gostaria de acreditar nisso. Acho que vou faze-lo. Assim as coisas são mais fáceis.

Ou não?

22.4.04

Andei bebendo esses dias. Só cerveja como sempre, mas muita cerveja. É bom. Descontrai o ambiente, torna as outras pessoas muito mais interessantes. Através do álcool, é possível manter conversas agradáveis com quem quer que seja. Mesmos e elas não são tão enriquecedoras assim. Mas estou fugindo do ponto.

O fato é que a cerveja esteve presente nas duas festas que fui. Antes de ontem, rolou pires e depois casa da matriz. Foi divertido, como a matriz a muito tempo não era. Devem ter sido as companhias. Ontem, rolou a festa do fred e da dani, de aniversário. Foi fera. Fiquei tomando cervejas, fumando meus cigarros, conversando e jogando cartas.

Com amigos e cerveja tudo fica ótimo. E era justo o tipo de programa que eu estava precisando. Pelo menos com todas as coisas que andam acontecendo na minha vida. E amanhã também promete.

Primeiro, tem ensaio da Lírio Branco. Depois, devo marcar de sair com alguns amigos meus, para mais cervejas, mais diversão e mais conversa. É muito bom poder fazer essas coisas. Tira a cabeça dos pensamentos nocivos que one might have. Especialmente eu.

20.4.04

Such anger... i feel like punching someone.

GRRRRRRRRRRRR

19.4.04

...meu deus

Bright Eyes - Method Acting

there is no beginning to the story
a bookshelf sinks into the sand
& a language learned & forgot,
in turn, is studied once again
it's a shocking bit of footage
viewed from a shitty TV screen
you can squint at it through snowy static
to make out the meaning
just keep stretching the antennae,
hoping that it will come clear
we need some reception, a higher message,
just tell us what to fear
because i don't know what tommorow brings
it is alive with such possibilities
all i know is i feel better when i sing
burdens are lifted from me,
that is my voice rising!

so michael, please keep the tape rolling
boys, keep strumming those guitars
we need a record of our failures
we must document our love
i have sat too long in my silence
i have grown too old in my pain
to shed this skin, be born again,
it starts with the ending
so thank you friends for the time we shared
my love stays with you like sunlight & air
oh, how i truly wish i could keep hanging around here
but my joy is covering me
soon, i will disappear

it's not a movie,
no private screening
this method acting,
well, i call that living
it's like a fountain,
a door has opened
we have a problem with no solution
but to love & to be loved

so, i've made peace with the falling leaves
i see their same fate in my own body
but i won't be frightened when i am awoken from this dream
& returned to that which gave birth to me
& the story goes on & on & on & on...

Bright Eyes - Lover, I Don't Have To Love

I picked you out
Of a crowd and talked to you.
Said I liked your shoes,
You said, "Thanks, Can I follow you?"

So it's up the stairs,
And out of view. No prying eyes.
I poured some wine.
I asked your name;
You asked the time.

Now it's two o'clock.
The club is closed,
We are up the block.
Your hands are on me,
Pressing hard against your jeans,
Your tongue in my mouth,
Trying to keep the words from coming out,
You didn't care to know
Who else may have been you before.

I want a lover I don't have to love,
I want a girl who's too sad to give a fuck.
Where's the kid with the chemicals?
I thought he said to meet him here,
But I'm not sure.
I've got the money
If you've got the time.
He said, "It feels good."
I said "I'll give it a try."

Then my mind went dark,
We both forgot where your car was parked.
Let's just take the train.
I'll meet up with the band in the morning

Bad actors, with bad habits...
Some sad singers, they just play tragic.
And the phone is ringing,
And the van is leaving
Let's just keep touching,
Let's just keep...keep singing

I want a lover I don't have to love,
I want a boy who's so drunk he doesn't talk.
Where's the kid with the chemicals?
I got a hunger and I can't seem to get full.
I need some meaning I can memorize.
The kind I have always seems to slip my mind.

But you, but you...

You write such pretty words,
But life's no storybook.
Love's an excuse to get hurt.
And to hurt.
Do you like to hurt?
I do, I do.
Then hurt me,
Then hurt me,
Then hurt me...
Vocês devem estar achando estranho ter dois "aka zebo" na lista de links à esquerda. É que eu quis manter o antigo blog do zebo as well, que era ótimo. Por enquanto é só.
Antigamente eu costumava escrever aqui "profusão de pensamentos". Já esqueci o número de vezes que essa pequena sentença apareceu nesse blog. Mas eu vou mudar um pouquinho. Mesmo porque, dessa vez é diferente - é algo que, de certa maneira, sempre quis escrever, mas nunca achava as palavras. E agora, elas me aparecem da maneira mais óbvia possível, mas que eu nunca haveria percebido não fossem as mudanças internas pelas quais passei a pouco tempo.

"profusão de sentimentos".

18.4.04

In your cousin car, leading to an underground night club, hoping for something unusual to happen, yet knowing that nothing would, drinking some industrialized vodka with lemon, talking bullshit, trying to forget something that you actually can't.

Getting stressed because one of your friends was barricated on the entrance to the night club, drinking some beer, talking with a friend living something so different yet so similar to what you're living, smoking one light cigarrete, and another, and another.

Saying goodbye to all of your friends, talking to a girl that looks so much like the one your head is all fucked up about, walking all alone trying to find something to do on the tiny night club, watching a muted t.v. just because some anime was being broadcasted, finishing your last can of beverage.

Talking to friend that you want to leave the place, dancing my bloody valentine's "only shallow", paying your bill, exiting the club, talking about your mother and father in the cab with that same friend that you talked about leaving the place.

Yet, there's more to say. Feeling lonely, lonely, lonely, trying hard to get used to this feeling that you were once so used to. Feeling your heart ache with the possibilities that one might have. Trying to erase those stupid little toughts that have no point at all. Thinking about writing on your web log.

In front of your computer, feeling cold, feeling down, feeling what you've never actually realized you'd feel, because you've postponed this moment forever.

Realizing that everybody is empty, and that you dont have any real friends, and that you must go on searching for your truth. Even if it is alone, and feeling like you're no longer an unity, but pieces of what you once were mixed with splashes of what you became.

Trying to find your glasses in the huge mess your room is right know, thinking about the trip you're about to have, thinking about everything in your like with absolutely no perspective at all.

Questioning yourself weather you should kill yourself or not, but then realizing that you're not a child anymore and that you should face your fears, troubles and depressions with a fist up.

This fist meaning "fuck off", without really meaning it, just childish protection, just so that you don't cry your heart out all over again.

***

eu poderia escrever a noite inteira. eu poderia dizer coisas a noite inteira. mas prefiro ficar por aqui. e prefiro proclamar meu amor a unica que realmente o merece. a única que sempre esteve ao meu lado o tempo inteiro e que conhece meu toque como ninguém mais.

a minha guitarra.

14.4.04

.estou baixando o novo ep do sigur rós, 'ba ba ti ki di do.

.obrigado por me falar dele, lu.
O terceiro disco do sigur rós é um disco de impagável lembranças para mim. Toda música tem um significado especial, todas parecem cantar de certos momentos de minha vida - alguns doloridos, outros felizes. Isso faz do ( ) um disco especial. Assim como o Agætis Byrjun.

A lembrança mais especial, que guardarei comigo para toda a vida, reside na ultima música - a música que dá nome ao meu blog, popplagið. É uma lembrança especial, sim, mas que sempre vem acompanhada de alguns sentimentos como nostalgia, tristeza e saudades.

Houve uma época em que eu, inclusive, mudei o nome desse blog porque eu não mais queria lembrar-me dessa lembrança toda vez viesse escrever aqui. Mas agora eu penso de maneira diferente - a lembrança me desce como uma gostosa hoegaarden. Com o copão e tudo.

É engraçado. O que a música me lembra é uma situação bem comum, até simples. Mas os sentimentos que ela trás consigo são tantos, e são tão intensos e fortes, que ouvir essa música me faz reviver um pouco daquele momento. Posso parecer um pouco saudosista ao falar isso mas, algumas vezes, eu gostaria de poder voltar no tempo e ficar no momento onde a música tocou e onde ela significou tanto para mim. Gostaria de poder ficar naqueles eternos 12:00 minutos de música.

Eu, ao lado de garrafinhas de cerveja vazias, ao lado de um cinzeiro abarrotado de bitucas de cigarro, com a boca grudada em alguém, com a música tocando baixinho para não acordar os vizinhos, com uma grande amiga dormindo numa poltrona próxima, com futuros amigos de banda conversando num canto, com a lua apagada pelas nuvens, ouvindo um leve sussurrar de vozes vindas da cozinha, acariciando um rosto que viria a se tornar tão conhecido para mim.

Existem tantas vezes que eu gostaria de voltar no tempo e prende-lo para sempre. Num determinado momento gostoso. Como eu e amigos no anime rio. Como eu e uma pessoa que não vejo a bastante tempo, e que faz uma falta tremenda, soltando um acorde uníssono em nossas guitarras e, rindo um para outro, falando "é a convivência". Como eu e uma amiga conversando na praia. Como eu e uma pessoa reclamando que eu não paro quieto no cinema e que ela não conseguia se envolver com o filme por minha culpa. Como eu vendo um show de amigos meus. Como eu e uma pessoa numa festa louca onde perdemos a linha.

São tantas as lembranças. São tantas as coisas boas. Mas, se são tantas lembranças boas, tantas lembranças gostosas, por que meu sorriso vem acompanhado de uma lágrima quieta, que escorre lentamente pelo meu rosto áspero?

Acho que, finalmente, estou descobrindo porque dois amigos meus, que na época namoravam, me deram o apelido pelo qual sou conhecido por quase todos hoje em dia.

Oi. Eu sou o Fel.
Hoje eu experimentei refazer uma coisa que eu costumava fazer muito a uns 2 anos atrás. Me trazia muito prazer. Um mangá, um lugar agradável, um café, o jornal do dia, uns cigarros.

Sentei-me no coffee shop e já senti que não seria a mesma coisa. Acendi o cigarro com o mesmo gosto na boca. Eu mudei de tal maneira a não conseguir mais sentir prazer com o que antes me era tão bom. O café, por melhor que fosse, não era tão bom quanto no ano passado, o local, apesar de ser exatamente o mesmo, com a mesma decoração e os mesmos funcionários, já não é mais tão aconchegante.

Fui lendo o jornal e, ao invés de sair de lá depois de 1 hora, aos 20 minutos já estava pagando. Pensei em escrever isso na mesma hora que botei os pés fora do estabelecimento. Mas só me ocorreu agora a razão, o porque.

Eu não sinto mais o prazer que sentia porque antigamente eu não sentia nada e aquilo me trazia algum prazer mundano. Eu não sinto mais prazer com aquilo porque agora sinto. Sinto várias coisas que vivo, isto é.

Eu ficava demais no plano metafísico. Imaginando como seriam as coisas, como elas funcionavam. Arquetipava tudo em minha cabeça, segmentava tudo, simplesmente por ser mais fácil, simplesmente porque eu não havia ainda aprendido que a vida não é metódica, a vida é feita de improbabilidades - assim como o disco do Guided By Voices que está tocando aqui.

Agora que eu sei muito bem o que é estar como estou, as coisas têm mais cor, mas ao mesmo tempo são tão cinzas como éram na época que eu sentia prazer em ir ao meu café favorito. Está tudo contraditório, estou sentindo-me torto. Acostumei-me demais a uma coisa e agora fugir dela será difícil. Talvez a coisa mais difícil que já fiz na minha vida até agora.

É como sentir demais e não sentir nada. E como sentir-se perdido estando na frente da placa que indica o caminho. É como estar numa multidão e sentir-se cada vez mais sozinho. É como voltar a um ano atrás. É como cair num buraco e parar de pé na sua casa perguntando-se "wtf"?

Eu não sinto mais o prazer que sentia. Porque? Estou Aleinn a ný.

13.4.04

Coldplay - Trouble

Oh no, I see,
A spider web is tangled up with me,
And I lost my head,
The thought of all the stupid things I said,
Oh no what’s this?
A spider web, and I’m caught in the middle,
So I turned to run,
The thought of all the stupid things I’ve done,

I never meant to cause you trouble,
And I never meant to do you wrong,
And i, well if I ever caused you trouble,
Oh no, I never meant to do you harm.

Oh no I see,
A spider web and it’s me in the middle,
So I twist and turn,
Here I am in my little bubble,

Singing, I never meant to cause you trouble,
I never meant to do you wrong,
And i, well if I ever caused you trouble,
Oh no, I never meant to do you harm.

They spun a web for me,
They spun a web for me,
They spun a web for me.