22.7.06

ah, sobre jogos...

estou jogando kingdom hearts: chain of memories, para game boy advance. resolvi pegar o jogo na iminência de jogar a continuação, kingdom hearts 2, já que gostei bastante do primeiro título da série (que, assim como a continuação, também é para o playstation 2). esse jogo para GBA, então, é como se fosse um kingdom hearts 1.5 - ele serve para fazer o elo entre a história dos dois jogos do ps2.

assim como no primeiro título da série, o grande atrativo do jogo é ver como os personagens da disney (donald, goofy, jiminy the cricket, etc) interagem com os da square (cloud, squall, aerith, etc) de maneira convincente - nada parece fora do lugar e até mesmo os desenhos se entendem e são visualmente harmônicos. a história também é boa, mas o jogo assume de imediato que você jogou kingdom hearts e terminou a aventura. isso restringe um pouco, portanto, o público alvo do jogo, mas não tira seu charme.

quanto ao gameplay, o jogo tem um sistema de cartinhas interessante no começo, mas que logo fica chato porque restringe muito suas opções (porra, porque o sora simplesmente não pode sair batendo em todo mundo com sua keyblade como no kingdom hearts sem se preocupar se vai ter sua carta "quebrada"?). a história das cartinhas, de início, também parece envolver um esquema tático maior, mas na verdade é tudo furada e você só precisa botar um bando de carta de valor alto no seu baralho para detonar qualquer inimigo que aparecer na sua frente. a square poderia ter desenvolvido melhor o sistema de jogo, já que os gráficos são bonitos, as músicas são boas e os efeitos sonoros bacanas (tem até algumas vozes gravadas, o que para um portátil sempre é impressionante).

ao menos esse jogo não foi uma decepção feito o final fantasy tactics advance. thumbs up!
vocês já escutaram kyuss?

ultimamente tenho escutado bastante - realmente stoner metal é perfeito para gastação, ou para quando se está transtornado com alguma coisa. e as letras do album blues for the red sun, minimalistas, humoristicamente negras e sarcásticas reforçam a sensação de que é um tipo de música ótima para se escutar quando se está indo para uma boate (o problema disso é que nenhuma música que você escutar na boate será tão boa quanto, salvo por algumas excessões como radiohead), ou em casa quando se está fazendo um trabalho.

isso sem contar as influências óbvias do psicodelismo dos anos 60 em várias composições, principalmente nas instrumentais - umas, feito molten universe, realmente sensacionais. parece um black sabbath nascido nos anos 60. muito bom.

falando de sons obscuros, esse album também procura explorar alguns sons soturnos, principalmente pelo fato de que josh homme (que depois veio a formar o excelente queens of the stone age) plugava sua guitarra em amplificadores de baixo para aquele ganho extra nas frequências graves. claro que o enfoque é bem mais metaleiro do que o queens, principalmente pela voz limitada do vocalista andy garcia. mas ainda assim é interessante ver que vários clichês criados por josh homme já estavam lá, inclusive alguns riffs que acredito que tenham sido reutilizados em albuns do queens.

vale a pena a escuta, para aqueles desavisados que desconhecem a banda.

21.7.06

decidi voltar pra música pop, pro azul e pros pensamentos do passado. decidi reler algumas coisas que estavam aqui, e vi que eram belas e ingênuas, mas eram eu. e a volta não é para ser promissora, não é para contar historinhas. com "vencendo a batalha mas perdendo a guerra" eu vivi momentos difíceis e depositava as historinhas no fundo preto. mas eu nunca fui preto, o azul condiz com quem sou, assim como a música pop. foi uma das músicas que mudou minha vida e agora está na hora de mais uma mudança. escrevendo bem menos do que um dia escrevi, ou então sendo tão saudosista como sempre fui. talvez eu não esteja voltando e sim apenas procurando novos ares para respirar, ou ainda me encontrando comigo novamente e com tudo aquilo que fui. talvez tenha sido isso que o i-ching quis dizer quando estou cada vez mais buscando deixar-me levar e contemplar. os resultados vêm com o passar das estações. são importantíssimos.

mas eu decidi também não abandonar. e já que houve tempo para que a cor desse blog realmente possa ser vista como azul e fria, manter a batalha viva também é uma opção. agora eu não vou mais largar, agora eu vou procurar a melhor maneira de viver o preto, o azul e os cinzas, tão belos cinzas, que sempre me fizeram enxergar diferente. a cor das nuvens quando resolver chover, a cor dos olhos quando resolvem expressar, a cor da pele quando resolve suar. a minha cor favorita.

sejam bem vindos de volta a mais música pop. e quem sabe, com um pouquinho de batalha também. :>

20.7.06

voltei. :>