6.5.04

apenas um post rapido.

Cbta. Bebendo, me divertindo. Enfim. Pixies depois de amanhã. Escutando Grandaddy no computador da Lu. Sentindo saudades de algumas pessoa. Frio, friozinho. Meus pés estão gelados. Sensação de que falta alguma coisa - talvez mais bossa nos prédios, minimalistas demais.

Por enquanto é só.

4.5.04

cara, se o pixies não tocar "rock music" eu vou ficar muito puto.
caralho, o cursive's domestica é bom demais. é um disco tão bem feito, as músicas são tão boas que chega a doer. você consegue sentir a dor na voz de Kashner em cada música.

o mais legal do cursive também é que a banda não se enquadra. por exemplo, no ugly organ: tudo bem, uma banda com pegada emo. mas... com um violoncelo?

no domestica não é diferente. apesar de ainda não ter o violoncelo, a construção músical é toda fragmentada - lembra pavement algumas vezes, só que de uma maneira muito mais abrasiva.

e as letras? maravilhosamente bem construídas, com metáforas complexas mas de fácil compreensão. principalmente na época do domestica - que conta basicamente a história da separação de Kashner.

cursive é uma banda que recomendo a todos que gostam de música boa. realmente, o selo criado pelos moleques do commander venus - saddle creek - aparece com bandas muito boas.

dentre essa seleção estão, inclusive, bright eyes, desaparecidos... enfim. recomendo a seleção de bandas da saddle creek. como diria um conhecido meu... é emo bom.

se bem que...

por que raios sunny day real estate é emo? eu não vejo absolutamente NADA de emo nessa banda...
[nada a ver com o assunto, mas bem, vocês sacaram]

3.5.04

Eu sempre sou mal interpretado... que droga, eu deveria tentar deixar as coisas mais claras. Simplesmente escrever o que penso sem fazer rodeios.

Se bem que existem certas coisas que queremos comunicar que nem sempre queremos que todas as pessoas entendam. Eu entrei nas metáforas e associações por causa disso, mas sempre acabo me esquecendo o quanto isso é subjetivo. E as interpretações alheias podem machucar aos outros e a mim. Já passei por isso e não é bacana.

Eu também fico usando eufemismos para tentar suavizar qualquer que seja a situação e isso também não é tão proveitoso quanto parecia ser. Algumas vezes é necessário que seja usado mas, assim como as metáforas, um eufemismo mal utilizado é como colocar a cabeça na guilhotina.

Eu fico me perguntando de tudo. Até demais. Eu deveria descançar minha cabeça, tentar ser mais normal.
Não estou conseguindo dormir de novo. O que será que há de errado comigo? Uns diriam que é porque ando saindo muito, trocando noite pelo dia, mas acho que não, pois ando dormindo ben pouco. E aí, como fica? Eu devo estar ficando lesado, inclusive, pois a Fli me disse ontem que o ser humano produz um certo hormônio quando dorme a noite.

Perdoem minha inguinorãnssa por não saber disso.

Estou preocupado também com meu ingresso pro Pixies. Não chegou até agora. Hmmmm...

2.5.04

- Oi.
- Oi.
- Então, vamos continuar aquela nossa conversa...
- Você tem certeza de que quer continuar?
- Hã?
- Você me ouviu.
- Eu... Eu não sei. No fundo acho que quero, mas tenho medo do que poderei descobrir.
- Então vamos conversar sobre isso.
- Certo... Nós estávamos em qual parte? Do existêncialismo?
- Sim. Você esta se perguntando...
- ...Se vale a pena viver com tudo isso.
- Mas o que é tudo isso?
- Era minha razão de viver. Isso basta.
- Basta? Sua vida resume-se a sentimentos tão simples assim?
- Sempre me achei um minimalista. Sempre procurei ver a simplicidade das coisas, mesmo sabendo que...
- ...Elas não existem.
- Você quer parar de me interromper?
- Perdão. Faz parte de quem somos.
- Bem, voltando: de que adianta viver sentindo tanta dor? Ando como um zumbi, não paro para pensar, não consigo fazer nada. O que posso fazer? Não vejo mais um motivo.
- Simples. Você precisa achar uma razão pela qual valha a pena viver. Se esforçar em algo que, mesmo que não seja completo, bem sucedido, faça sua cabeça relaxar um pouco de todos esses pensamentos nocivos que você vem tendo.
- De certa maneira, você já me disse o que fazer, mas eu simplesmente não consigo.
- Você está se referindo ao conformismo...?
- Sim.
- Mas você já foi assim. E você sabe que não deu muito certo, que apenas perdeu valores em sua vida.
- Eu sei. Mas ao menos com o conformismo, eu tenho algo para lutar.
- Explique-se.
- Ao não abandonar quem sou, eu sofro. Mas eu luto por aquilo que perdi. Porque, mesmo tentando não abandonar, algo foge. Algo fica perdido. Lógico, se sou um conformado, eu deveria deixar passar.
- Mas nós não conseguimos, não é verdade? Nós não aceitamos. Nós tentamos correr atrás de nossa própria pessoa e por vezes ela escapa como areia pelos dedos.
- Sempre sobram alguns grãos.
- Você vai viver de grãos?
- É o que restou.
- Não existe razão; você não está pensando direito, está apenas tentando encaixar um emaranhado de pensamentos como se eles fossem resolver alguma coisa.
- Ao menos esses pensamentos me fazem refletir sobre quem sou.
- Mas é só isso?
- Como assim?
- Tudo que você anda fazendo me soa vazio. Sua vida soa vazia. Você está vivendo de restos de comida, realizando restos de trabalho, tocando restos de guitarra.
- Então, se minha vida anda tão vazia, por que não simplesmente acabar com ela?
- Covardia.
- Covardia?
- É. Um ato impensado, uma fuga. E depois, do outro lado, você se arrependerá.
Começa a chorar.
- Mas de que adianta tudo, então? Eu estou apenas vivendo sem ao menos realizar que estou vivo! Estou entrando na psicologia barata que sempre detestei. Estou sendo que nunca quis ser!
- Você só me fez mudar. Mas depois mudou de mim.
- Você quer me biografar! Mas não quer saber do fim.
- Eu não faço isso. Estou tentando ajudá-lo.
- Vamos parar por hoje. Eu já não aguento mais.
- Isso é fugir.
Acende um cigarro
- Fugir?
- É. De que adianta fugir de um problema quando ele pode ser resolvido? Não seria melhor simplesmente sentir o que você quer sentir?
- Eu não quero mais sentir.
- Isso é voltar atrás.
- Chega.
Neuronios se desligam. Tu Tu Tu Tu...