22.7.04

E quando você pensava que alguém tinha mudado, esse alguém te surpreende mostrando que era outro alguém apenas em sua companhia e vestindo a máscara que dizia que você sempre teve. Esse alguém dizia ter medo do que as pessoas pensavam, quando na verdade se escondia sobre textos publicados e, com certeza, na esperança de que você um dia os lesse e entendesse ao menos uma pequena parte dele.

Mas, aos seus olhos, sobraram pouquíssimos sentimentos, sendo um protagonista e um antagonista, quando o que alguém mais queria que você sentisse outrora era o antagônico. O protagonista vigora em sua força e explendor, mas sente falta de quando era da outra maneira, quando herói e mocinho éram um só e andavam de mãos dadas dentro de seu corpo.

Tudo isso apenas por olhar a vastidão de si mesmo e perceber que você nada mais é que mais um. Mas, apesar de tudo, a comunicação vem, e existe o desprecavimento da parte de alguém.

Então, numa breve viagem ao interior, você descobre que a poeira ainda está lá, perto dos feiches de luz, perto do cíclico, perto do neon rosa. E que ainda toca-o profundamente.

Preciso dar mais alguma bandeira? Ou devo ater-me a descoberta tão óbvia e simples feita aqui, de que quem carrega pureza em seu nome finalmente resolveu dar as caras, e possivelmente, o fez pelos motivos já ditos?





A porta está aberta de novo. Quem irá entrar dessa vez?

20.7.04

Acabei de voltar da maldita. Não foi tão boa quanto a outra, mas foi proveitosa. Fez-me perceber que a casa da matriz me recorda tantas coisas! Desde boas até ruins. Quando a favela hype ainda era na sala que hoje se encontra a sala de vídeo. Quando as pessoas que frequentavam a casa da matriz eram outras e o clima era de relativa novidade para mim, que estava cada dia mais conhecendo pessoas novas e aquilo tudo ainda era supreendendente.

Lembro-me de um dia em que o sofá da sala onde localiza-se a favela hype hoje em dia foi coroado com uma série de carícias. Lembro-me de outro onde a pista de dança nunca viu casal tão unido por diversas situações. Lembro-me da antiga lojinha vendo discussões e pessoas querendo que eu me retirasse da casa por estar com o espírito quente.

Ah, a casa da matriz. Tantas lembranças, tantas coisas, em tão pouco tempo! Terei eu coragem e saco de frequentar aquele lugar tão assíduamente por mais tempo, vendo sempre as mesmas pessoas e conhecendo (praticamente) ninguém novo?

O ano passado foi bom. Esse ano, com tudo que está acontecendo, está sendo BEN pior.

E agora, repito um post do ano passado, mais ou menos da mesma época, só que, agora, com um pequeno ajuste:

2004 será um ano muito solitário para mim

2004 will be a very lonely year to me

(/interna)

18.7.04

Essa música vai para uma amiga minha. Uma amiga realmente querida. E uma amiga que realmente precisa dessa mensagem.

Olha lá quem vem do lado oposto
e vem sem gosto de viver
Olha lá os que os bravos são escravos
sãos e salvos de sofrer
Olha lá quem acha que perder
é ser menor na vida
Olha lá quem sempre quer vitória
e perde a glória de chorar


Eu que já não quero mais ser um vencedor,
levo a vida devagar pra não faltar amor

Olha você e diz que não
vive a esconder o coração

Não faz isso, amigo
Já se sabe que você
só procura abrigo
mas não deixa ninguém ver
Por que será ?

Eu que já não sou assim
muito de ganhar
junto às mãos ao meu redor
Faço o melhor que sou capaz
só pra viver em paz.




Nós somos vencedores, menina. Vencedores.

:*

Estarei sempre com você. Por mais que você possa nunca vir a ler esse post.