27.7.04

Muse. Enfim, vou falar de Muse. Preparem-se, coloquem os sintos de segurança. Aliás, esse é um conselho que eu deveria dar a eu mesmo, já que eu sempre vou meio contra a onda. Se existe uma onda, é gostar de duas bandas, sendo elas Placebo e o já citado Muse. O Placebo nem merece menção no meu blog, é uma banda bem chatinha e em decadência. Já o Muse é bom. Mas não passa disso.

Existe algo que não me deixa gostar de Muse de maneira alguma. Tudo bem, Matthew é talvez o melhor vocalista da atualidade na música alternativa, as músicas são bem tocadas e, por favor, eles não são cópias do Radiohead - para serem cópias eles precisariam ser muito melhores, então não façam isso com os garotos -, eles tem um pingo de originalidade. Mas então, o que faz com que essa banda não me toque da maneira como outras?

Simples.

Em primeiro lugar, numa comparação forçadíssima, eu diria que eles são tão romanticos (no movimento musical-clássico) quanto um Lizt. Eles enfocam tudo num mesmo sentimento desesperado e "a-beira-da-morte". Mas aí está o erro: tudo. As músicas chegam a soar falsas depois de um tempo, pois não existe fluxo algum de emoções. Não existe uma baladinha simples, um roque and roul ou uma batida eletronica. É tudo épico, grandioso, pretensioso. E depois de um tempo, chega.

Em segundo, voltemos ao "movimento clássico": eles são romanticos. O romanticismo está ultrapasasado. Existem áreas sônicas que eles simplesmente não exploram musicalmente - ainda mais quando se faz a mesma coisa todo disco. Eu aposto que eles são pau-mandado de produtor.

Terceiro: você pode espernear, eu mesmo já disse que não parece, mas é fato - o vocalista da banda imita porque imita o Thom Yorke, do já citado Radiohead. Ele geme, ele grita, ele parece uma criança chorona. Acontece que o Thom Yorke tem uma gran-de vantagem sobre ele: ele criou isso.

Bem, acho que já dei motivos suficientes. Mas eu gosto de Muse. Really.

Nenhum comentário: