14.4.04

.estou baixando o novo ep do sigur rós, 'ba ba ti ki di do.

.obrigado por me falar dele, lu.
O terceiro disco do sigur rós é um disco de impagável lembranças para mim. Toda música tem um significado especial, todas parecem cantar de certos momentos de minha vida - alguns doloridos, outros felizes. Isso faz do ( ) um disco especial. Assim como o Agætis Byrjun.

A lembrança mais especial, que guardarei comigo para toda a vida, reside na ultima música - a música que dá nome ao meu blog, popplagið. É uma lembrança especial, sim, mas que sempre vem acompanhada de alguns sentimentos como nostalgia, tristeza e saudades.

Houve uma época em que eu, inclusive, mudei o nome desse blog porque eu não mais queria lembrar-me dessa lembrança toda vez viesse escrever aqui. Mas agora eu penso de maneira diferente - a lembrança me desce como uma gostosa hoegaarden. Com o copão e tudo.

É engraçado. O que a música me lembra é uma situação bem comum, até simples. Mas os sentimentos que ela trás consigo são tantos, e são tão intensos e fortes, que ouvir essa música me faz reviver um pouco daquele momento. Posso parecer um pouco saudosista ao falar isso mas, algumas vezes, eu gostaria de poder voltar no tempo e ficar no momento onde a música tocou e onde ela significou tanto para mim. Gostaria de poder ficar naqueles eternos 12:00 minutos de música.

Eu, ao lado de garrafinhas de cerveja vazias, ao lado de um cinzeiro abarrotado de bitucas de cigarro, com a boca grudada em alguém, com a música tocando baixinho para não acordar os vizinhos, com uma grande amiga dormindo numa poltrona próxima, com futuros amigos de banda conversando num canto, com a lua apagada pelas nuvens, ouvindo um leve sussurrar de vozes vindas da cozinha, acariciando um rosto que viria a se tornar tão conhecido para mim.

Existem tantas vezes que eu gostaria de voltar no tempo e prende-lo para sempre. Num determinado momento gostoso. Como eu e amigos no anime rio. Como eu e uma pessoa que não vejo a bastante tempo, e que faz uma falta tremenda, soltando um acorde uníssono em nossas guitarras e, rindo um para outro, falando "é a convivência". Como eu e uma amiga conversando na praia. Como eu e uma pessoa reclamando que eu não paro quieto no cinema e que ela não conseguia se envolver com o filme por minha culpa. Como eu vendo um show de amigos meus. Como eu e uma pessoa numa festa louca onde perdemos a linha.

São tantas as lembranças. São tantas as coisas boas. Mas, se são tantas lembranças boas, tantas lembranças gostosas, por que meu sorriso vem acompanhado de uma lágrima quieta, que escorre lentamente pelo meu rosto áspero?

Acho que, finalmente, estou descobrindo porque dois amigos meus, que na época namoravam, me deram o apelido pelo qual sou conhecido por quase todos hoje em dia.

Oi. Eu sou o Fel.
Hoje eu experimentei refazer uma coisa que eu costumava fazer muito a uns 2 anos atrás. Me trazia muito prazer. Um mangá, um lugar agradável, um café, o jornal do dia, uns cigarros.

Sentei-me no coffee shop e já senti que não seria a mesma coisa. Acendi o cigarro com o mesmo gosto na boca. Eu mudei de tal maneira a não conseguir mais sentir prazer com o que antes me era tão bom. O café, por melhor que fosse, não era tão bom quanto no ano passado, o local, apesar de ser exatamente o mesmo, com a mesma decoração e os mesmos funcionários, já não é mais tão aconchegante.

Fui lendo o jornal e, ao invés de sair de lá depois de 1 hora, aos 20 minutos já estava pagando. Pensei em escrever isso na mesma hora que botei os pés fora do estabelecimento. Mas só me ocorreu agora a razão, o porque.

Eu não sinto mais o prazer que sentia porque antigamente eu não sentia nada e aquilo me trazia algum prazer mundano. Eu não sinto mais prazer com aquilo porque agora sinto. Sinto várias coisas que vivo, isto é.

Eu ficava demais no plano metafísico. Imaginando como seriam as coisas, como elas funcionavam. Arquetipava tudo em minha cabeça, segmentava tudo, simplesmente por ser mais fácil, simplesmente porque eu não havia ainda aprendido que a vida não é metódica, a vida é feita de improbabilidades - assim como o disco do Guided By Voices que está tocando aqui.

Agora que eu sei muito bem o que é estar como estou, as coisas têm mais cor, mas ao mesmo tempo são tão cinzas como éram na época que eu sentia prazer em ir ao meu café favorito. Está tudo contraditório, estou sentindo-me torto. Acostumei-me demais a uma coisa e agora fugir dela será difícil. Talvez a coisa mais difícil que já fiz na minha vida até agora.

É como sentir demais e não sentir nada. E como sentir-se perdido estando na frente da placa que indica o caminho. É como estar numa multidão e sentir-se cada vez mais sozinho. É como voltar a um ano atrás. É como cair num buraco e parar de pé na sua casa perguntando-se "wtf"?

Eu não sinto mais o prazer que sentia. Porque? Estou Aleinn a ný.

13.4.04

Coldplay - Trouble

Oh no, I see,
A spider web is tangled up with me,
And I lost my head,
The thought of all the stupid things I said,
Oh no what’s this?
A spider web, and I’m caught in the middle,
So I turned to run,
The thought of all the stupid things I’ve done,

I never meant to cause you trouble,
And I never meant to do you wrong,
And i, well if I ever caused you trouble,
Oh no, I never meant to do you harm.

Oh no I see,
A spider web and it’s me in the middle,
So I twist and turn,
Here I am in my little bubble,

Singing, I never meant to cause you trouble,
I never meant to do you wrong,
And i, well if I ever caused you trouble,
Oh no, I never meant to do you harm.

They spun a web for me,
They spun a web for me,
They spun a web for me.

12.4.04

eu não fiz cocô hoje. porque eu não comi ontem.

11.4.04

I'm still in love, and i'm still i
n love... I'm still in lov
e, and i'm
still in love...