10.7.04

idéias malucas parte II:

Vem me ocorrendo já tem uns anos fazer um disco inteiramente solo, com músicas pop - violão, guitarra, baixo, bateria - apenas pelo gosto de tocar músicas legais, com melodias bonitas e simples. Nada de fru-frus experimentais e presunçosos (como é de meu feitio), apenas música de violão.

Eu tocaria todos os instrumentos do álbum - e, quem sabe, até me arriscaria a tocar teclado numa música que fiz. Seria um disco gostoso de escutar, daqueles que a gente coloca numa festa, ou mesmo então, daqueles que a gente quer escutar para se sentir bem. Músicas leves, como um Ben Kweller ou um Sondre Lerche fazem.

Já cheguei a pensar em vários conceitos para um disco e já cheguei a colocar em prática um projetinho experimental solo chamado Trigger Cap (nome horrível, não?), mas esse cd nada teria a ver com isso. Seria apenas (soft) rock. Não como um The Calling da vida, e sim, como "música boa feita para qualquer hora".

Meus únicos receios de gravar um disco desse são que talvez eu não consiga tocar bateria direito (embora eu tenha praticado e a bateria que penso para tal projeto seja extremamente minimista), que eu gaste muito dinheiro e que a gravação fique uma porcaria (como, geralmente, gravações independentes são).

O tema principal seria, obviamente, músicas de amor, mas não a visão amarga que tenho imprimido sempre na Lírio Branco - seriam amores bem sucedidos, daqueles "e eles viveram felizes para sempre". Aquele tipo de sentimento que todo mundo quer ter, todo mundo que ouvir, mas que realmente ninguém tem.

Já cheguei até a pensar em mesclar algumas coisas que tivessem a ver com "sol" e "calor", já que um amor bem sucedido, ao meu ver, aquece o corpo e o espírito e nos eleva a um estado especial, sendo esse estado quase impossível de passar para o papel. Existem poucas músicas em que eu realmente tenha conseguido isso e - ironicamente - as fiz quando estava no fundo do poço.

Essa empreitada também seria uma maneira de fugir um pouco das influências claras de My Bloody Valentine e Bright Eyes que a Lírio Branco vem mostrando ultimamente. Além, é óbvio, do tema corriqueiro do "choro", onde em (quase) todas as músicas têm o verbo "chorar" no meio. Tem até uma música que se chama "chorar"!

Ah, e eu não chamaria o disco de "Felipe Fortes". Não gosto. Eu criaria um pseudônimo, tipo Phillip Puddle (tá, foi um péssimo exemplo, mas é que gosto muito da idéia de duas letras iguais no início do nome/sobrenome).

Devo tentar?

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