27.3.07

as vezes dá a maior vontade de ficar no frio, beber um vinho e aproveitar o fogo carinhoso de uma lareira. uma das melhores coisas para se escutar enquanto se aproveita momentos introspectivos é iron and wine, projeto musical desse barbudo aí do lado.

não se deixe enganar pela aparência: a voz de samuel beam é doce, quieta, quase um sussurro, caindo bem com as doces harmonias e melodias construídas, basicamente, por violões e alguns outros instrumentos inusitados como banjos e bandolins. ele faz parte de um grupo de artistas que trazem de volta o folk à cena músical, como joanna newsom e devendra banhardt, mas bebendo de algumas outras influências, fazendo com que seu som acabe lembrando mais kings of convenience do que os outros.

iron and wine faz parte do magnífico cardápio de bandas do selo sub pop: beam chamou atenção do bam-bam-bam da gravadora, jonathan poneman, logo após ter feito seu nome no underground com alguns discos caseiros, estéticamente lo-fi, lançados por volta de 2001.

o iron and wine já tem 3 albuns e cada um deles é uma excelente experiência, com destaque para o segundo, onde beam entrou num estúdio profissional para gravar pela primeira vez: our endless numbered days.