17.11.06

okay, final fantasy VII. sei que é um pouco complicado falar desse jogo, dado o número de hype existente até hoje (quase 10 anos após seu lançamento!), mas acabei de terminá-lo e preciso deixar minhas impressões sobre essa obra de arte que a square nos deixou.

a história envolve um ex-membro de uma guarda de elite, a soldier, chamado cloud strife. ele trabalha como mercenário e tem suas lembranças todas fragmentadas. cloud, logo após explodir um reator da cidade de midgar com seus companheiros/terroristas avalanche (que inclui uma amiga de infância de cloud chamada tifa lockheart) conhece aerith gainsborough (erroneamente "aeris" na versão americana do jogo) e você descobre que ela é uma ancient. a última. os ancients eram um povo que podia "falar" com o "planeta" e eventualmente eles encontram a terra prometida. aí o rumo do jogo muda e no fim você (cloud) tem que salvar o planeta das mãos do malvadão (e igualmente problemático) sephiroth.

lendo assim, não parece tão original né? é a velha história do mocinho problemático que precisa salvar o mundo e só ele pode fazê-lo. mas o jogo é rechado de detalhes e sutilezas que fazem a história ser uma das mais originais do gênero (até entra naquela onda de clones dos anos 90) - e se eu falar vou estragar. o mundo é um dos mais fieis e ousados já explorados num final fantasy, misturando chobocos e moogles (sim, os moogles existem em final fantasy VII, só que apenas no formato de materia) com uma realidade semi-cyberpunk.

dá para perceber como esse jogo é um divisor de águas: ele mostra todas as características de um rpg oldschool (como ter que procurar um bando de itens e realizar eventos sem ter o mínimo de noção por onde começar) misturado com o que se tornou clichê e comum nos rpgs de hoje em dia (cenas lindas de fmv, jogo fluido e suave, história longa). o único let down está nos controles: embora você se acostume com eles com o passar do jogo, eles são um pouco duros, principalmente na movimentação.

esse jogo também pavimentou o caminho para o (sofrível) final fantasy VIII: todas as cenas de batalha estão com os personagens em tamanho real, não em SD (super deformed) como os jogos anteriores da série, além de contar com animações lindíssimas das summon materia (magias onde você chama um monstrão pra te ajudar).

a trilha sonora foi composta por ninguém mais, ninguém menos que nobuo uematsu - japa fodão que fez uma porrada de trilhas sonoras para vários final fantasys. esse cara conseguiu me fazer ouvir vozes na música de abertura do final fantasy VI para snes, e olha que o sistema não tinha como aguentar esse tipo de sofisticação.

ah... chega. vou ficar babando ovo desse jogo eternamente: é quase perfeito.

que venha o final fantasy XII.