23.12.03

De novo com os posts que meu blog estava tanto sentindo falta. De novo daquela maneira que muitas pessoas lêem e poucas comentam. De novo daquela maneira indecifrável que apenas uma pessoa entende e essa pessoa vai viajar para longe durante um mês - não consegui nem ao menos dar um beijo de despedida nela. O que posso fazer? Deixa ser como será.

Carpenocte. Palavra ensinada pelo meu primo Rafael, quando ele ia na onda do "carpediem" e era bem pequenininho. Naquela época, acho que ele nem realmente aproveitava a noite.

Andei aproveitando a noite durante um tempo. Saindo para todos os lugares que pessoas indies frequentam, vendo um mundo através de uma perspectiva nova e sim, me aceitando e me vendo muito mais do que já vi. Me ajudou nisso.

Esse ano foi todo de saídas a noite, de formação de grupos, de novas perspectivas frente a tudo e todos. Também foi o ano com qual enroscações tornaram-se mais frequentes devido a um cinto que era pontudo - como aqueles cintos indie-fashion que muitas pessoas desse meio utilizam.

O cinto indie andou a me enforcar com suas promessas de botas batidas e eu me vi voltando a fumar muito e voltando a dizer que não sou capaz de me mexer. Quando se está preso, se espera. E eu fiquei a esperar. Me perguntaram várias vezes de onde eu tirava tanta calma por ter vestimenta tão bonita me enforcando e eu dizia que não ia mudar, que ia ficar são. Mas ao mesmo tempo, eu cedia e o cinto se afrouxava um pouco.

Com o cinto vestido, fui jogar pérolas aos porcos e eles, não sabendo o que fazer com as relíquias, puzeram-se a comer. Tiveram uma baita indigestão enquanto eu tomava uma coca cola e fumava um cigarro dobrado e comido pelo tempo.

Houveram várias chuvas. Houveram vários dias de sol. E o cinto resolveu prender-se à minha cintura, para fazer parte do meu ser. Eu nunca havia usado tal acessório. Várias pessoas já usavam-no e eu me senti um pouco estranho no meio, mas todos pareceram me aceitar. Pareceram ver quem sou, pareceram perceber minhas angústias e pensei que me entendessem. Ledo engano.

Dado o egoísmo com que fui tratado, estou me sentindo estuprado. Mas é apenas momentaneo, como todas as coisas na vida são. Eu sei que vou seguir em frente, seja o que quer que acontecer. E eu vou me esconder na minha capa da invisibilidade para o professor Snape não me ver, porque, no fundo, eu não quero ser pego, eu não quero ser mal tratado e eu quero que as pessoas vejam minha habilidade na próxima quiddich cup.

Já cansei de fazer afirmações nesse blog de que sou isso e sou aquilo; mas no fundo, ainda continua aquele velho moço dentro de mim a cuspir informações que não precisam ser escritas mas que ainda insisto em fazê-lo. Por que?

O velho pega um cigarro, pigarreia, pega seu cajado e sai a andar feito um gandalf pós-moderno. Ele anda por duas montanhas pequenas, corre um espaço que treme, volta às montanhas, para depois de uma súbida bém íngreme, chegar na boca da caverna e descobrir que esta foi lacrada apenas por um capricho chamado "falta-de-respeito".

Eu queria desejar um feliz natal. Mas o meu natal, como TODOS OS QUE JA TIVE, não anda me prometendo muitas coisas.

Ai ai.

popplagi?, bem vindo de volta.

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