26.2.04

Sigur Rós é sempre uma banda que tira uma lágrima de meus olhos. Principalmente quando você se vê preso em casa num dia chuvoso com sentimentos parecidos com o que você vive. Quando o externo reflete no interno.

Eu, provavelmente, já falei milhões de vezes sobre Sigur Rós aqui e zilhões de vezes sobre meus sentimentos. Mas é que um blog não consegue passar muito disso. Muitos gostam de ler bobagens, como piadas, mas eu não sei escrever isso. Já tentei, acreditem - o máximo que consegui foi tirar algumas risadinhas de amigos meus com piadinhas sexuais. Muitos gostam de ler resenhas musicais, mas eu não ando com paciência para fazer isso.

O que sobra é escrever sobre a minha vida. Mas a minha vida compreende a vida de outras pessoas também e não é bom expor outras pessoas a um público muito grande, simplesmente porque a vida é delas. Muitas pessoas zelam demais por sua reputação. Eu acredito que é bobagem - se você agir conforme o que acha certo, conforme seus ideais, os outros também acharão isso. Se chama auto-valorização.

Não dizem que as pessoas só gostam de quem se valoriza?

Voltando, acaba que não tenho nada para escrever. Fico paralizado em frente as teclas do teclado emprestado - é do mac do meu irmão -, meus dedos tilintando, e nada.

A verdade é que eu nunca estou satisfeito com nada por melhor que as coisas estejam. Vou sempre sentir-me medíocre por mais que não seja. Vou sempre ficar deprimido por mais que não tenha razões para isso. Vou enaltecer a tristeza porque a acho realmente bonita - e isso não é saudável. Não que eu queira ser triste, acho que já sou.

Nossa. Que confecional.

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