Por que eu continuo a sentir essa merda no peito toda vez que vejo aquelas bostas de fotologs? Parece-me, quem sabe, que estou entrando em território proibido toda vez que vejo aquelas fotos. Mas, entrando em território proibido como, se já estive lá tantas vezes?
Obviamente eu estou aparecendo sorrateiramente em algumas fotos nos fotologs, o que é bem estranho. Querendo ou não, estou fazendo parte do hype do momento. Ha ha! Charade you are - parafraseando Roger Waters, como sempre. Se bem que, dessa vez (ou como tantas outras), gabarei-me: meu fotolog é muito diferente dos que existem por aí e ele teve uma razão bem básica para ser criado. Existem alguns outros fotologs como o da Inês e do Deco, que tem mais conteúdo, e como o da Bela, que sempre, de uma maneira ou de outra, mostra sua poderosa escrita, mas a maioria deles não passa de baboseira de fotos de ameguinhos em suas festinhas e "olhe como estou feliz e sou fera". Mentira. Eles não falam "fera".
Meu fotolog é para mostrar meus desenhos e, também, para ser uma continuação do Rokklagi?, mas ele não é apenas isso. Ele é também canal para minhas frustrações e confissões visuais - porque assim foi como eu decidi ser. "Se não sou eu, quem é que vai escolher o que é bom pra mim? Dispenso a previsão" - dessa vez, parafraseando Rodrigo Amarante, embora eu prefira as composições do Camelo.
- Mas como assim, até pouco tempo atrás você falava que gostava mais do Amarante!
- É, mas eu mudei. A beleza sutil das músicas do Camelo é algo a se notar. O Amarante é mais raw, é mais bonito e faz musicas bonitas mas ele não tem a genialidade do vocalista principal.
Porra, isso aqui está virando uma resenha do Los Hermanos e eu não quero fazer isso novamente.
Ah, deixa eu contar uma coisa engraçada para vocês, porque a Bela me disse que ninguém lê blogs tristes - ownnnnn que peninha...
- Domingo passado, de manhãzinha, após deixar a Inês no ponto de ônibus, estava eu a andar pela Olegário Maciel (Barra da Tijuca, caso não saibam), fumando um cigarrinho, quando uma moça suspeita vem andando na minha direção. Ela usava um tomara-que-caia preto e uma saia jeans minúscula - tinha os cabelos de um loiro falso e dentes tortos.
Ela pergunta-me se posso acender um cigarro para ela. Eu pensei comigo mesmo que estaria tudo bem, afinal, estava apenas fazendo um favor que normalmente fazem para mim. Ela tirou de sua bolsa preta um maço velho de marlboro lights e eu dei vida ao rolinho de tabaco.
Logo após o primeiro trago, ela, em toda sua formosura de zona norte, presumo eu, pergunta-me:
- Não quer fazer um boquete na areia não?
Fui obrigado a dizer um não mas não pude segurar um sorriso. Como assim, em plena Barra, às 7 horas da manhã, uma "mulher da vida" me aborda. Achei curioso.
Pronto - já riram o suficiente por hoje? Em breve, mais historinhas da minha vida, mais reclamações e mais amagura para vocês, meus queridos. Porque vocês sabem que no fundo eu tenho um coraçãozinho de mel -
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Daqui a pouco eu tenho aula de Design de jogos eletronicos e é a única aula que presta nessa porra de faculdade. Embora eu esteja mais tranquilo nos últimos dias, eu não posso perder o costume de falar mal - ha ha ha.
1.10.03
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